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Recipientes de plástico aquecidos no micro-ondas são mesmo um perigo

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Após décadas de discussão acerca dos efeitos tóxicos do plástico, investigadores britânicos provaram a sua nocividade para a saúde – em particular, ao aquecer alimentos em recipientes de plástico. Aparentemente, havia razão para a paranóia.

Estudos recentes sugerem que poderá haver um efeito nocivo dos produtos químicos libertados para os alimentos em recipientes de plástico submetidos a elevadas temperaturas.

Segundo o Daily Mail, os investigadores estabeleceram ligação entre 175 compostos químicos e diversos problemas de saúde, tais como cancro, perda de fertilidade e atraso no desenvolvimento fetal.

De acordo com os investigadores, há um risco particularmente elevado de libertação de elementos nocivos das películas de plástico que usualmente são usadas para manter os alimentos frescos.

A Cancer Research UK, uma ONG dedicada à investigação do cancro, que até agora se manteve céptica em relação ao assunto, alerta que estas películas nunca devem estar em contacto com a comida, quando aquecida no micro-ondas.

Andrea Gore, professora de farmacologia da Universidade de Austin, nos EUA, que estudou o efeito de produtos químicos nas funções reprodutivas, diz que só aquece alimentos no micro-ondas em recipientes de vidro ou cerâmica.

“Uso película para guardar comida cozinhada no frigorífico, mas retiro-a sempre por completo antes de reaquecer a comida”, diz a investigadora.

Os investigadores assinalam que o produto mais preocupante é o Bisphenol A (BPA), usado habitualmente no fabrico de plásticos.

Quando absorvido pelo corpo humano, o BPA assume o comportamento do estrogénio, hormona feminina responsável pelo desenvolvimento dos seios.

Estudos anteriores associaram o BPA ao cancro da mama e da próstata e ao desenvolvimento sexual precoce nas mulheres.

A maior parte dos fabricantes afirma ter substituído este produto na composição dos seus plásticos.

“Mas se é verdade, substituíram o BPA por qual outro produto, exactamente?”, pergunta Andrea Gore.

Um outro estudo, publicado em 2011 na revista Environmental Health Perspectives, demonstrou por seu turno que mesmo durante uma lavagem no lava-loiças, a composição de 95% dos utensílios de plástico se torna menos estável, podendo haver libertação de partículas dos utensílios lavados para os alimentos.

Conselhos práticos

Segundo Andrea Gore, isto não significa que temos que deitar fora todo o plástico que temos lá em casa. Apenas temos que tomar algumas precauções.

Nunca reutilize garrafas de plástico“, diz a farmacologista.

“Quando são novas, é menos provável que libertem produtos tóxicos”, mas com o tempo aumenta a probabilidade de que o degradação do plástico propicie a passagem de elemementos nocivos para a água.

Troque a sua velha lancheira“, aconselha Thomas Zoeller, professor de Biologia na Universidade do Massachusetts.

As lancheiras de plástico, tipo Tupperware, têm um tempo de vida, após o que podem começar a libertar elementos nocivos. Transportar e manter comida quente numa lancheira velha é pouco aconselhável, diz Zoeller.

Mantenha o plástico fora da máquina de lavar“, avisa Andrea Gore.

O plástico de qualquer recipiente ou utensílio, quando aquecido, mesmo que numa máquina de lavar, tende a tornar-se instável e libertar elementos químicos, diz a cientista.

Mas nem tudo são más notícias.

As velhas cuvetes de plástico reutilizáveis com que há anos faz os seus cubos de gelo não levantam problemas para a saúde.

Pelo contrário, todos os estudos científicos mostram que o processo de congelamento evita na realidade a libertação de produtos químicos.

Aparentemente, o rumor que correu na internet segundo o qual “as cuvetes libertam dioxinas” é apenas isso: um rumor na internet.

AJB, ZAP

12 Comments

  1. E usar o microondas também é MUITO prejudicial. Estes cientistas deviam também mencionar os estudos que existem sobre este assunto muito sério, pois as moléculas da comida, quando aquecidas no microondas, são TOTALMENTE DESTRUÍDAS, ficando a comida estéril e sem valor nutricional!
    Nunca ouviram falar que para esterilizar uma esponja da loiça, basta colocá-la um minuto no microondas? Agora pensem.

    • Pense! Esteriliza-se fervendo água…
      O friccionamento de moléculas de água, de gorduras e açúcares gerado por ondas electromagnéticas (2450Mhz) durante um minuto a água ferve (porção equivalente a um copo)!

      • Burro Viés, Vê-se mesmo que não sabes como funciona DE VERDADE um microondas. Informa-te, aprende.

      • Aprecio ir a certos estábulos pelos animais. A outros não. Depende do animal que acolhe e esse não digo.

  2. @BUZIN: esterilizar nao tem nada a ver com destruir “moleculas da comida”. Esterilizar significa matar os patogénios (bactérias, etc). Nao significa nada que as mléculas ja não estejam la. Se tem alguma fonte que prove que os valores nutricionais desaparem, pode indicar, mas nao compare alhos e bugalhos.

  3. Desde há muito que sigo estas recomendações ora aqui apresentadas no artigo.
    Não por conhecimentos científicos, que nesta área não possúo, mas por mero palpite e um tanto ou quanto um simples exercício de raciocínio.

  4. Outras para pensarem:
    – Entrar numa viatura quente de estar ao sol e respirar o ar quente na mesma – há-de haver vapores dos inúmeros tipo de plásticos utilizado, até há um artigo sobre isso nas viaturas novas.
    – Garrafas garrafões de água antes de chegarem ao consumidor quantas horas passaram ao sol a aquecer?
    – Em casa quantos plásticos aquecem quer em aquecedores secadores de cabelo (estes com muitas matérias plásticas) outros por estarem onde o sol bate?
    Acho que estamos constantemente a receber cheiros provenientes de aquecimento do plástico.
    – incinerações, queima de hidrocarbonetos etc etc
    Para complementar na parte das radiações antenas emissoras de rede móvel TDT micro-ondas da rede telefónica wi-fi, e por último radiação dispersa das munições de urânio empobrecido empregues em larga escala em bombardeamentos nos balcãs e no afeganistao e que se espalham no ar e são dispersas pelos ventos.
    Sem falar na radiação atómica que ainda deve pairar no ar devido ao tempo de vida dos componentes radioativos quer nas milhares de experiencias das explosões dos anos 40 50 60 e 70 e das fugas das centrais que por ai existem.

    Com estas inalações e exposições acho que todos temos mais tarde ou mais cedo um cancro a bater à porta.

    • …Já agora poderia explicar ali ao de baixo que diz que pensa como justificar a cada vez maior ‘esperança de vida’ digo longevidade verificadas nos países desenvolvidos nos quais, por exemplo, tb é maior a utilização per capita de micro-ondas?
      Há de haver alguém interessado em ‘ouvi-lo’ !

  5. Ali no topo um zim qualquer é votado a “conversas de culto”… o abstrato chega a místico por dá cá aquela palha!
    Apenas porque não sabe que se friccionar rápido e consecutivamente a cabeça de um dedo qualquer contra a pele dum braço até queima!
    Sob efeito de *ondas electromagnéticas é o que acontece àquelas moléculas (dipolares) – água, gorduras e açúcares – presentes nos alimentos.

    *As ondas eletromagnéticas geradas por um magnetron (concentrador micro-ondas) são absorvidas por moléculas de água,, gorduras e açúcares, na frequência de 2450Mhz por vibração na mesma frequência. Ao contrário, o vidro, plástico, cerâmica, papel, por exemplo são materiais insensíveis àquelas frequências.
    Obrigado Engº Percy L. Spencer desde 1946.

  6. depois de tudo o que li, só sei uma coisa na década de 80 encontrava-me na suíça, quando vi um comentário esclarecedor sobre os efeitos nocivos que provavelmente daí a 20 ou mais anos se iria contemplar no ser humano e hoje 30 anos depois penso que o microondas tem muito a ver, há tanta maneira de aquecer os alimentos pensem um pouco na vossa saúde a todos aqueles que ganharam o habito de o usar…..pensem……………..

  7. “As lancheiras de plástico, tipo Tupperware, têm um tempo de vida..” Frase muito infeliz…pois a Tupperware é uma MARCA e não uma caixa, embalagem ou lancheira qualquer! A Tupperware tem artigos entre os quais lancheiras e outros que entram contacto com alimentos mas não utilizam o BPA. Esta informação está presente e gravada em todos os artigos Tupperware através de um símbolo triangular com uma classificação que vai de 1 até 7.

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