“É sempre a mesma mer**”. Rangel terá chamado “burros” e “camelos” a militares da Força Aérea

ppdpsd / Flickr

O candidato à liderança do PSD, Paulo Rangel

Paulo Rangel, ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros

O incidente na receção dos portugueses vindos do Líbano continua a dar que falar, com testemunhas a acusar Paulo Rangel de insultar os militares porque não o deixaram ir para a pista do aeroporto.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, está envolvido numa polémica com elementos das Forças Armadas, particularmente da Força Aérea.

O incidente aconteceu na chegada de um voo de repatriamento de portugueses vindos do Líbano, no dia 4 de outubro. De acordo com a CNN Portugal, Rangel pretendia receber os repatriados diretamente na pista do aeroporto, mas foi impedido de sair na zona VIP e de entrar na área reservada, onde apenas estavam autorizados jornalistas, assessores e membros da Força Aérea.

Segundo testemunhas, o ministro não terá reagido bem à restrição e terá gritado: “estou a ser retido numa unidade, eu sou um ministro de Estado, como é que é possível isto estar acontecer?”. “Isto com os militares é sempre a mesma merda”

Rangel terá ainda insultado dois militares que lhe barraram o caminho, usando termos depreciativos como “burros” e “camelos”. A situação agravou-se quando o comandante da base, coronel Abel Oliveira, tentou cumprimentar Rangel, mas foi ignorado, num gesto capturado pelas câmaras presentes.

Posteriormente, o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, Cartaxo Alves, interveio para tentar acalmar os ânimos, relembrando o ministro de que aquele não era o local adequado para tal confronto.

Apesar do incidente, minutos depois, o ministro foi filmado a elogiar publicamente o trabalho da Força Aérea, aparentando que nada de relevante se tinha passado. No entanto, o episódio causou um crescente mal-estar entre Rangel e as Forças Armadas, que desde então se tem agravado.

Confrontado pela imprensa durante um congresso do PSD, o ministro desvalorizou o incidente, classificando-o como um “não assunto” e recusando-se a alimentar o que chamou de “novela”.

ZAP //

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