Um estudo recente concluiu que diminuir o uso de smartphones e aumentar a atividade física tem um impacto positivo na satisfação no trabalho, no equilíbrio entre a vida pessoal e profissional e na saúde mental.
Neste estudo, os investigadores dividiram os participantes, todos trabalhadores de diferentes setores profissionais, em quatro grupo iguais.
Segundo o EurekAlert, um deles reduziu o uso dos smartphones pessoais durante uma hora por dia enquanto o grupo desportivo aumentou em meia hora a sua atividade física, durante uma semana.
O terceiro grupo – o grupo combinado – fez as duas coisas, enquanto o grupo de controlo não mudou qualquer detalhe na sua rotina.
Antes destas intervenções, todos os voluntários preencheram questionários online, voltando a repeti-los após a experiência e duas semanas depois do término do período de intervenção. As perguntas estavam todas relacionadas com o seu bem-estar, nomeadamente no que diz respeito ao seu trabalho e saúde mental.
A análise dos resultados permitiu descobrir que, no grupo que evitou os telemóveis e no combinado, a satisfação e a motivação no trabalho, o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal e a saúde mental melhoraram significativamente.
Além disso, a sensação de sobrecarga e os sintomas inerentes ao uso problemático do smartphone foram significativamente reduzidos. No fundo, as intervenções causaram uma redução dos sintomas depressivos e aumentaram a sensação de controlo dos participantes.
“Uma redução consciente e controlada do tempo de tela não relacionado com o trabalho, em combinação com um aumento diário de atividade física, pode melhorar a satisfação no trabalho e a saúde mental dos funcionários”, concluiu a investigadora Julia Brailovskaia.
A equipa defende que este tipo de ações pode servir como uma solução eficiente em termos de tempo e de custo para melhorar a satisfação dos colaboradores de uma empresa.
Os resultados do estudo foram publicados na revista Acta Psychologica.