Um detetive amador acredita que uma prova deixada por DB Cooper no avião possa levar à revelação da sua identidade, que permanece um mistério há décadas.
Em 24 de novembro de 1971, um homem não identificado, que mais tarde viria a ser conhecido como DB Cooper, embarcou num voo de Portland para Seattle. Ele deu início a um dos mais intrigantes mistérios não resolvidos do século XX ao passar um bilhete a um comissário de bordo, revelando que tinha uma bomba.
A história de DB Cooper permaneceu um enigma durante décadas, mas desenvolvimentos recentes podem aproximar-nos da resolução do caso.
DB Cooper, cuja verdadeira identidade permanece um mistério, exigiu 200 mil dólares em dinheiro, quatro para-quedas e um camião de combustível para reabastecer o avião quando aterrasse. O seu comportamento calmo e a sua racionalidade convenceram as autoridades a satisfazer as suas exigências.
Depois de os passageiros terem sido libertados, Cooper permaneceu a bordo com a tripulação. No entanto, nunca chegaria ao destino pretendido no México.
Enquanto estava no cockpit, a tripulação notou uma alteração na pressão do ar, indicando que Cooper tinha saltado do avião usando um dos para-quedas que tinha pedido. O seu destino e paradeiro permanecem desconhecidos desde esse fatídico salto.
Ao longo dos anos, surgiram várias teorias e especulações sobre a identidade de DB Cooper, mas as provas físicas concretas têm sido escassas. Uma dessas provas é uma gravata deixada por Cooper no avião, que foi examinada pelo FBI e por outras equipas de investigação. Os avanços tecnológicos permitiram novo exame da gravata.
Em 2011, uma equipa utilizou microscopia eletrónica para analisar a gravata e descobriu partículas de titânio. Esta descoberta levou à teoria de que Cooper poderia ter sido um ex-funcionário descontente com um rancor contra a Boeing. O titânio era relativamente raro na década de 1970, mas foi utilizado no projeto Super Sonic Transport da Boeing, o que o torna uma potencial ligação ao sequestrador.
No entanto, o investigador amador Eric Ulis apresentou uma interpretação diferente das provas. Centrou-se em três partículas de uma liga feita de titânio e antimónio encontradas na gravata. Ulis acredita que esta liga foi produzida pela Rem-Cru, uma empresa localizada em Midland, Pensilvânia, durante esse período.
Ulis identificou uma pessoa de interesse e está agora a processar o FBI para ter acesso a amostras da gravata. O seu objetivo é obter provas de ADN do nó da gravata, que poderia depois ser cruzado com bases de dados de ADN, potencialmente aproximando a resolução do mistério de décadas do DB Cooper.
No seu próprio site, o FBI caracteriza o caso de DB Cooper como “um dos grandes mistérios por resolver na história do FBI”.