Quebra de confiança dos TSD: ex-deputada e dirigente do PSD está no gabinete de vice do Chega

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Lina Lopes, deputada pelo PSD nas XIV e XV legislaturas, foi nomeada para o gabinete de Pacheco de Amorim.

Trabalhadores Social Democratas (TSD) dizem não ter sido informados de decisão de “gravidade extrema” de Lina Lopes, que caiu para penúltimo lugar por Lisboa e não foi eleita nas legislativas. Ex-deputada já foi afastada da UGT.

Os Trabalhadores Social Democratas (TSD), estrutura autónoma do Partido Social Democrata (PSD), apontaram uma quebra da “confiança político-sindical” na sua dirigente e ex-deputada Lina Lopes, nomeada para o gabinete do vice-presidente do parlamento do Chega, pedindo à União Geral de Trabalhadores (UGT) a sua substituição no secretariado executivo.

“Muito recentemente fomos confrontados com a notícia, entretanto confirmada, de que uma das dirigentes dos TSD e que faz parte do Secretariado Executivo da UGT, passou a integrar o gabinete do Vice-Presidente da Assembleia da República, Diogo Pacheco de Amorim, deputado eleito nas listas do partido Chega”, pode ler-se numa tomada de posição do executivo do Secretariado Nacional dos TSD, assinado pelo secretário-geral Pedro Roque Oliveira e à qual a agência Lusa teve acesso.

A ex-deputada do PSD já foi afastada do Secretariado Executivo da UGT, avança o Correio da Manhã. “Não vou fazer trabalho político” e “não é o Chega” que lhe paga o ordenado, mas sim a Assembleia da República, diz ao matutino a sindicalista, que se mostra “surpreendida por uma comunicação do secretário-geral dos TSD, divulgada a um conjunto alargado de pessoas” com a deliberação de ser afastada da UGT.

Na opinião da estrutura, esta é uma situação de “uma gravidade extrema” porque ao ter sido uma escolha pessoal trata-se de “um grau de confiança política indesmentível na pessoa nomeada por parte de quem nomeia”, acrescentando ainda que, segundo o seu conhecimento, esta decisão da antiga deputada do PSD “não foi antecedida por qualquer tipo de informação ao Secretário-Geral dos TSD, nem à Presidente da UGT ou ao seu Secretário-geral”.

Perante estes factos, o executivo do Secretariado Nacional dos TSD reuniu-se para analisar o caso e foi decidido por unanimidade que “há uma quebra irreversível da confiança político-sindical, por parte dos TSD, na dirigente Lina Maria Cardoso Lopes”, cujo trabalho não merece qualquer avaliação negativa.

“Consequentemente solicitei ao Sr. Secretário-geral da UGT que possa propor a substituição no Secretariado Executivo da UGT da dirigente em questão”, acrescenta a mesma nota.

Foi ainda decidido dar conhecimento desta posição ao Conselho de Disciplina e Fiscalização Nacional dos TSD para “analisar o caso numa vertente jurídica”.

Na sequência do 14.º Congresso da UGT, os TSD, “por intermédio da sua tendência no seio daquela Central Sindical, indicaram um conjunto de dirigentes que, sob proposta do Secretário-Geral da UGT, foram eleitos para o Secretariado Executivo e que têm, naquele órgão, ajudado a assegurar o funcionamento da UGT e pugnado pela defesa dos seus valores e princípios”, explica a mesma nota.

Lina Lopes foi deputada ao parlamento nas XIV e XV legislaturas, mas nas eleições de 10 de março caiu do sexto lugar que tinha ocupado em 2022 para penúltimo lugar na lista por Lisboa e não foi eleita.

ZAP // Lusa

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4 Comments

  1. “Só tachos”?
    A mim parece-me que é mais “Só fachos”, porque a sangria de gente do PSD para o Chunga já começa a tresandar.
    Coluna vertebral precisa-se para esta gente.

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