Quatro privadas decidem fechar por falta de alunos

Clonny / Flickr

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As quatro instituições de ensino superior  já não têm capacidade para assegurar a manutenção dos estabelecimentos, situação provocada pela queda significativa da procura do setor.

Instituto Superior de Educação e Trabalho, no Porto, Instituto Superior Bissaya Barreto, em Coimbra, Instituto Superior de Espinho e Escola Superior de Educação de Torres Novas. São estas as quatro universidades privadas que decidiram fechar portas por uma perda significativa do número de estudantes, avança o jornal Público.

A quebra da procura do setor está a tornar insustentável a manutenção dos seus estabelecimentos e por isso as quatro estão em processo de encerramento voluntário, uma situação que está prevista no Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior.

Em conversa com o mesmo jornal, o diretor do Instituto Superior de Espinho, António Silva Dias, não quis fazer grandes comentários sobre a decisão tomada.

O responsável do estabelecimento de ensino, que neste momento tem menos de uma dezena de alunos, limitou-se a dizer que o encerramento se deve à “decisão estratégica da entidade instituidora”, a Sociedade Promotora de Estabelecimentos de Ensino, de “direccionar o seu investimento para outros projetos”.

Já os responsáveis das outras instituições são bastante mais claros quando toca a falar dos motivos que levaram a este encerramento.

O número de alunos não era suficiente para financiar a manutenção da instituição”, avança fonte da Escola Superior de Educação de Torres Novas que, este ano, tinha apenas 15 alunos.

A mesma justificação é dada pela Fundação Bissaya Barreto ao dizer que o encerramento é uma “consequência da diminuição gradual e acentuada do número de alunos registada nos últimos anos”.

Esta notícia vem no seguimento de uma outra que dizia que o Ministério da Educação já estava a averiguar estes casos, sendo que o número total de estabelecimentos a fechar pode chegar às dez.

Porém, o fecho destes estabelecimentos não pressupõe que os alunos tenham de sair antes de terminarem os seus cursos.

Os estudantes que ainda frequentam estas instituições estão protegidos por um conjunto de medidas que os permite concluir as respetivas formações antes do fecho definitivo das universidades.

Enquanto que o Instituto Bissaya Barreto se mantém em funções até 2019 e o Instituto Superior de Educação e Trabalho fecha em 2016, por outro lado, os outros dois estabelecimentos fecham já no final deste ano letivo.

ZAP

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