O regime de Pyongyang pediu esta segunda-feira, na véspera das eleições presidenciais na Coreia do Sul, o fim da confrontação com Seul e a abertura de uma “nova era de reunificação”.
“A confrontação com a Coreia do Norte, prolongada pelo partido conservador [sul-coreano], deve terminar, e as forças da nossa nação devem unir-se para abrir uma nova era de reunificação”, de acordo com uma coluna de opinião no diário oficial Rodong Sinmun.
A Coreia do Sul realiza na terça-feira eleições presidenciais antecipadas. O candidato Moon Jae-in do Partido Democrático é dado como favorito.
Se Moon ganhar, vai pôr fim a uma década de governos conservadores na Coreia do Sul, período durante o qual a tensão entre Norte e Sul se agravou, na sequência do fim da era “arco-íris” liberal em 2007.
O texto publicado no Rodong culpou a “marioneta conservadora” pela “trágica” relação entre o Norte e o Sul, a qual acusa de “procurar unicamente a confrontação e a guerra”.
“A relação entre o Norte e o Sul deteriorou-se paulatinamente na última década” com a associação do partido conservador sul-coreano aos Estados Unidos, escreveu o jornal.
O risco de uma guerra nuclear “cresce dia após dia” por culpa do “partido conservador”, responsável por “intensificar a tensão” na região, acrescentou.
As presidenciais na Coreia do Sul têm lugar após meses de tensão na península devido aos repetidos testes de mísseis de Pyongyang – que se receia que realize um ensaio nuclear – e à retórica da administração norte-americana de Donald Trump que insinuou a possibilidade de efetuar ataques preventivos.
Numa outra coluna de opinião, também publicada pelo mesmo diário, Pyongyang acusa “os traidores” do grupo conservador sul-coreano de usar a questão “da segurança” relativamente ao Norte na campanha eleitoral.
Esse “barulho desonesto” visa “implantar a inimizade com a RPDC [República Popular Democrática da Coreia, nome oficial da Coreia do Norte]” e “justificar a política de confrontação entre compatriotas”, acrescentou.
“A forma de garantir a segurança da Coreia do Sul é conseguir a paz e a reunificação”, concluiu o mesmo artigo.
// Lusa
Mas o Kimzinho da tal repúbica democrática já começa a mudar de discurso? Possivelmente está a ver os chineses a começarem a achar a brincadeira a ir longe demais e do lado dos americanos um presidente que possivelmente não será tão passivo como os anteriores e o rapazote começa a temê-las.