Presidente da Rússia desvalorizou alertas de diversas embaixadas – incluindo a portuguesa. Eram só “chantagem”.
O ataque terrorista em Moscovo, na sala de espectáculos Crocus City Hall, não apanhou de surpresa responsáveis de outros países.
Sobretudo dos Estados Unidos da América, que tinham avisado que havia uma probabilidade alta de isto acontecer.
A Embaixada dos EUA na Rússia emitiu um aviso sobre planos iminentes de “extremistas” para realizar ataques em Moscovo, aconselhando os cidadãos americanos a evitar grandes aglomerações e a permanecerem vigilantes.
E a notificação preventiva mencionava precisamente que o ataque poderia acontecer em eventos como concertos – embora indicasse que iria decorrer entre 8 e 10 de Março.
O alerta da embaixada segue uma série de recomendações para que os americanos deixem a Rússia imediatamente.
Diversas embaixadas em Moscovo, como a de Portugal, aconselhou os compatriotas a não irem para “locais com grande concentração de pessoas”, na sequência de “informações sobre a recente neutralização de uma tentativa de ataque terrorista”.
Vladimir Putin ignorou este alerta que veio do ‘inimigo eterno’.
“Quero recordar as recentes declarações provocadoras de várias estruturas ocidentais oficiais sobre potenciais ataques terroristas na Rússia”, começou por dizer o presidente da Rússia em conferência de imprensa.
“Todas estas acções indicam chantagem e a intenção de intimidar e desestabilizar a nossa sociedade”, resumiu Putin, desvalorizando os avisos do Ocidente.
Estas palavras foram ditas na terça-feira passada, dia 19 de Março.
Três dias depois o ataque aconteceu mesmo, em plena capital da Rússia. Matou, pelo menos 115 pessoas, mas o número de vítimas mortais vai subir muito.
O Estado Islâmico já reivindicou este ataque terrorista.
11 pessoas já foram detidas, incluindo 4 supostos envolvidos directamente no massacre. Um terá dito que matou por dinheiro.