Embaixada dos EUA alerta contra ataque iminente de “extremistas” em Moscovo

Yuri Kochetkov / EPA

Bandeira por trás de arame farpado na Embaixada dos Estados Unidos em Moscovo

O alerta dos EUA surge pouco depois de as autoridades russas terem travado os planos para um ataque terrorista a uma sinagoga.

A Embaixada dos EUA na Rússia emitiu um aviso sobre planos iminentes de “extremistas” para realizar ataques em Moscovo, aconselhando os cidadãos americanos a evitar grandes aglomerações e a permanecerem vigilantes.

Esta notificação preventiva, publicada no site da embaixada, mencionou especificamente o potencial de eventos como concertos e encontros multitudinários serem alvos nas próximas 48 horas. O alerta da embaixada segue uma série de recomendações para que os americanos deixem a Rússia imediatamente, embora detalhes específicos sobre a natureza da ameaça não tenham sido divulgados.

Este aviso surgiu pouco depois de o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) anunciar que tinha impedido um ataque planeado a uma sinagoga em Moscovo por um grupo ligado à facção afegã do Estado Islâmico.

O FSB, principal sucessor do KGB da era soviética, identificou os militantes como parte do Estado Islâmico Khorasan (ISIS-K), um grupo muçulmano sunita que quer estabelecer um califado abrangendo vários países da Ásia Central e o Irão. Conhecido pela sua brutalidade extrema, o ISIS-K surgiu pela primeira vez no leste do Afeganistão em 2014, lembra a Reuters.

A operação do FSB na região de Kaluga, na Rússia, resultou num confronto com os membros da célula, que resistiram à prisão e foram subsequentemente “neutralizados”. As autoridades afirmam que os militantes planeavam disparar armas de fogo contra as pessoas presentes na sinagoga.

A operação culminou com a apreensão de armas de fogo, munições e materiais para a construção de um dispositivo explosivo improvisado. Não se sabe se há alguma ligação entre o aviso da embaixada dos EUA e a ação do FSB contra o plano de ataque à sinagoga.

Estes eventos sublinham a tensão contínua entre a Rússia e o Ocidente, exacerbada pelo conflito na Ucrânia, que mergulhou as relações internacionais da Rússia num ponto baixo não visto desde a Crise dos Mísseis de Cuba em 1962.

A situação destaca o alcance global das ameaças extremistas e a importância da cooperação internacional no combate ao terrorismo.

ZAP //

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