Putin associa massacre em Moscovo à Ucrânia e promete vingança

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TASS

Nas primeiras palavras públicas depois do atentado terrorista em Moscovo que matou, pelo menos, 115 pessoas, Vladimir Putin assegura que os envolvidos foram detidos e que estavam a tentar fugir para a Ucrânia.

Os terroristas envolvidos no atentado na sala de concertos Crocus City Hall, nos subúrbios de Moscovo, nesta sexta-feira, 22 de Março, foram detidos. A garantia é dada pelo presidente da Rússia no seu primeiro discurso na televisão pública russa, depois do ataque.

Putin assegura que “os quatro autores” do atentado foram detidos quando estavam a “seguir em direcção à Ucrânia”. “De acordo com dados preliminares, foi preparada uma ‘janela’ para eles cruzarem a fronteira”, sublinha ainda.

“Não terão um destino invejável”. Palavra de Putin

O presidente russo também deixa uma promessa aos cidadãos russos. “Todos os autores, organizadores e aqueles que cometeram este crime receberão uma punição bem merecida e inevitável, sejam quem forem e independentemente de quem os tenha enviado”, assegura Putin. “Não terão um destino invejável”, garante.

O Kremlin já tinha anunciado que foram detidas 11 pessoas, incluindo os quatro terroristas directamente envolvidos no tiroteio. As detenções terão ocorrido na região de Briansk que faz fronteira com a Ucrânia e com a Bielorrússia.

Os serviços de segurança da Rússia, conhecidos pela sigla FSB, também tinham referido que os suspeitos do atentado têm “contactos” na Ucrânia.

Ucrânia nega qualquer envolvimento no atentado

As autoridades ucranianas já negaram qualquer ligação ao atentado. “A Ucrânia não tem a menor ligação com este incidente”, realçou o conselheiro do Presidente da Ucrânia, Mykhaïlo Podoliak.

“Já esperávamos que a versão dos responsáveis russos fosse “a pista ucraniana”, notou ainda Podoliak numa publicação no X, rede social mais conhecida por Twitter.

“As declarações dos serviços secretos russos sobre a Ucrânia são absolutamente insustentáveis e absurdas“, acrescentou.

Na sua declaração ao país, Putin decretou um dia de luto nacional para este domingo, 24 de Março, em homenagem às vítimas depois de um “acto terrorista” que definiu como “sangrento e bárbaro”, que matou “pessoas inocentes e pacíficas”, entre as quais “crianças, adolescentes, mulheres”.

Putin também deixou as “mais sinceras condolências a quem perdeu os seus entes queridos”.

Susana Valente, ZAP //

2 Comments

  1. Andaram aí a defenderem terroristas (Hamas) agora parece normalizado…
    Só não entendo porque culpar a Ucrânia… Não faz sentido! Deste Putin, tudo é possível…

  2. Vá mais longe, no seu raciocínio: “alguém” encomendou isto, para apagar falhanço de 2 anos de guerra e esse “alguém” já mostrou a sua frieza capaz de tudo, já que um dos países, sente a guerra na pele e o outro não , fazem vidinha normal e não apoiam a guerra. Não haverá aqui uma jogada para justificar a incompreensível guerra, cativar apoio do próprio povo, endurecer ataques e justificar perante comunidade internacional o uso de armas mais mortíferas, já que o que era para durar dois dias afinal já são 2 anos e nada?

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