O “estado de alerta” em Santa Maria Maior é essencialmente um “sentimento de insegurança subjectivo”, segundo a polícia.
Os habitantes de Santa Maria Maior e a própria Junta de Freguesia lisboeta queixam-de crimes e insegurança constantes. A polícia não concorda.
No início desta semana, a Junta de Freguesia local anunciou que vai haver uma sessão pública sob o lema ‘Estado de alerta: insegurança em Santa Maria Maior’.
A Junta alega que há cada vez menos segurança na freguesia, com “assaltos, vandalismo, ocupações, tráfico e consumo à vista de todos, tentativas de violação, agressões, homicídios”.
Há “ruas controladas por grupos criminosos, invasões dos domicílios, ocupações, vandalismo, ajuntamentos violentos, assédio, ameaças, medo”.
Como os moradores dizem “não”, organizou este encontro para “denunciar a insegurança sentida na freguesia com dezenas de testemunhos reais do quotidiano”.
O presidente Miguel Coelho (PS) diz que poderá passar a ser “insustentável viver no centro de Lisboa“, após tantas “reclamações e exposições”.
A Polícia de Segurança Pública tem outra versão: está atenta, mas a “grande maioria das queixas” dos habitantes “não dizem respeito a fenómenos criminais, mas sim a um sentimento de insegurança subjectivo”, comentou no Observador.
A sessão pública de denúncia vai decorrer nesta quinta-feira, a partir das 18h, no Hotel Mundial.