Alzheimer: a psicose faz o quê?

A psicose não é um pormenor: afecta 40% dos doentes com Alzheimer. E piora ainda mais as capacidades cognitivas do doente.

40% das pessoas com a doença de Alzheimer sofrem de psicose.

A psicose é um problema mental que distorce a percepção da realidade e acentua um maior declínio cognitivo. Piora o prognóstico para quem tem Alzheimer.

Estas conclusões surgem num estudo do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde (ICVS) da Escola de Medicina da Universidade do Minho.

A análise foi feita em parceria com duas instituições dos EUA: Universidade de Washington e Escola de Medicina Icahn.

Alguns sintomas: delírios, assaltos e alucinações visuais ou auditivas, que podem ir e vir ao longo do tempo.

A psicose no contexto de Alzheimer pode surgir numa fase precoce ou mais avançada.

Neste estudo, os cientistas avaliaram dados pós-morte de 178 pacientes, através de ressonâncias magnéticas feitas enquanto ainda estavam vivos.

O lobo temporal e a parte mais à direita do cérebro foram as regiões do cérebro afectadas em quem tinha sintomas psicóticos.

“O estudo alerta a comunidade científica para doentes de Alzheimer com psicose poderem ter um maior grau de patologia e de mortalidade”, frisa Francisco Almeida, um dos participantes no estudo.

Este contexto agressivo da doença exige assim terapias associadas.

A equipa do ICVS quer agora compreender o nível molecular das regiões do cérebro afectadas, para desenvolver terapias dirigidas e conferir resistência ao cérebro destes doentes.

Outro objectivo é identificar pacientes com uma resposta menos eficaz às terapias propostas e procurar caminhos adicionais.

ZAP //

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