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Há três concelhias do PSD a que ninguém quer concorrer

Manuel Fernando Araújo / Lusa

Em Lousada, Valongo e Paços de Ferreira ninguém apresentou listas à concelhia. Os presidentes das comissões políticas não se recandidataram e ninguém se chegou à frente.

O Observador apurou, junto de fontes locais, que, em pelo menos dois destes três casos, as comissões políticas (que tinham apoiado Luís Montenegro) não se quiseram recandidatar para dar espaço a adversários críticos, que apoiaram Rui Rio nas últimas diretas. No entanto, até ao fim do prazo, não foram entregues quaisquer listas.

Cristóvão Simão Ribeiro, que presidia a secção de Lousada, avisou em janeiro que não se iria recandidatar. O diário escreve que a atual comissão política de Lousada estava um pouco agastada pela forma como era tratada pela distrital e pelos críticos na concelhia que tinham apoiado Rui Rio.

“No PSD o poder nunca cai na rua, a equipa que está mantém-se em funções até ser eleita nova comissão política”, disse um dirigente da distrital do Porto ao Observador, o que significa que Cristóvão Simão Ribeiro terá de ficar como presidente interino até haver lista e novas eleições.

Em Valongo, o cenário é muito semelhante: a atual comissão política decidiu não se recandidatar para dar espaço aos críticos.

A presidente da concelhia, Maria Trindade Vale, tinha apoiado Montenegro nas últimas diretas. “Havia a expectativa que essas pessoas que apoiaram Rui Rio e estão sempre contra, que foram sempre terceiras e quartas linhas no partido, se apresentassem a eleições, com surpresa, ninguém apareceu”, disse um militante do PSD Valongo ao matutino.

No PSD/Paços de Ferreira ninguém apresentou lista, mas por motivos diferentes: Joaquim Pinto não se quer recandidatar e há duas pessoas na calha para lhe sucederem.

“A concelhia esteve empenhada na preparação do processo para a distrital e não teve tempo para fechar uma lista”, expliocu uma fonte da distrital ao diário, adiantando que, “na concelhia, estão a tentar uma lista de unidade, para não haver divisões, o que é importante para as autárquicas”.

ZAP //

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