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PSD quer ouvir todos os diretores do Fisco desde 2011 no caso das offshores

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Tiago Petinga / Lusa

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, com Carlos Abreu Amorim e Miguel Frasquilho

O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, com Carlos Abreu Amorim e Miguel Frasquilho

O líder parlamentar do PSD acusa o primeiro-ministro de ter feito no debate quinzenal de quarta-feira uma “insinuação soez e indigna” a propósito do caso das offshore, e anuncia que os sociais-democratas vão pedir mais audições.

Em declarações aos jornalistas no final da reunião desta manhã do grupo parlamentar do PSD, Luís Montenegro classificou como “uma insinuação soez, indigna de um responsável governativo” a afirmação feita na véspera por António Costa de que “teria havido responsabilidade política do anterior Governo” a propósito de uma eventual transferência de capitais para paraísos fiscais.

Queremos que toda a verdade seja apurada, não tememos nada, não temos o temor que PS, PCP e BE têm a propósito da Caixa Geral de Depósitos”, criticou Montenegro.

Lembrando que o PSD já tinha pedido a audição urgente do atual e anterior secretários de Estado dos Assuntos Fiscais, Rocha Andrade e Paulo Núncio, respetivamente, o líder da bancada social-democrata anunciou que ainda hoje irá dar entrada no Parlamento um novo requerimento a solicitar a audição dos diretores gerais da Autoridade Tributária e Aduaneira que exerceram funções desde 2011, bem como do inspetor-geral de Finanças.

“Uma vez que o Governo quis caminhar por esta insinuação soez e indigna, chegou a altura de acelerarmos ainda mais esse processo de averiguação no Parlamento”, justificou.

Por sua vez, o PS queria ouvir ainda hoje o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais.

É uma “eventual falha política” ou “dos serviços” da Autoridade Tributária e o “Parlamento tem que ser esclarecido”, disse o deputado João Galamba, no final de uma reunião da bancada socialista, no Parlamento.

Galamba afirmou ser necessário desligar este caso da fuga dos dez milhões de euros do que está a ser feito por um grupo de trabalho, no Parlamento, que está a analisar propostas quanto do tempo que leis relacionadas com o combate à “criminalidade económica financeira e fiscal”.

O primeiro caso é sobre a aplicação da lei, o segundo relaciona-se com propostas, explicou, em discussão no grupo de trabalho e que ainda não têm forma de projeto, o que demorará ainda a acontecer.

Esta quarta-feira, Rocha Andrade já se manifestou disponível para ir ao Parlamento prestar esclarecimentos sobre fuga de capitais para paraísos fiscais.

“Se o Parlamento confirmar essa convocatória, lá estarei para esclarecer todas as questões da informação de que disponho, sobre a situação que existia e sobre as decisões que este Governo foi tomando”, afirmou o governante.

Entretanto, ficou decidido que o secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e o seu antecessor vão ser ouvidos no Parlamento na quarta-feira de manhã, disse à Lusa fonte parlamentar.

ZAP // Lusa

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