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PS alarga vantagem sobre PSD. Chega recupera terceiro lugar (mas apenas 1% das mulheres apoia o partido)

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António Pedro Santos / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Segundo uma sondagem da Pitagórica para o Observador e para a TVI, se as eleições legislativas fossem hoje, o PS teria a preferência de 42,6% dos portugueses. O partido de António Costa continua com grande vantagem sobre o PSD, que recebe apenas 25,7% das intenções de voto.

Este é o melhor resultado desde o início do barómetro da Pitagórica, há seis semanas, quando começou com 41,9%. Já o partido de Rui Rio cai face à semana anterior (em que tinha 28%) e tem agora o pior desempenho destas seis semanas, revela a sondagem da Pitagórica para o Observador e para a TVI.

A seguir aos dois principais partidos está o Chega, com 6,8% das intenções de voto. O partido de André Ventura trava a queda das últimas duas semanas, em que perdeu um total de 3,2 pontos percentuais, depois de atingir um máximo de 9,1%, caiu primeiro para 8,4% e depois, na semana passada, para 5,9%. Agora recupera menos de um terço dessa queda, com uma subida de 0,9 pontos percentuais.

Segue-se é uma luta a três pelo quarto lugar. O Bloco de Esquerda e o CDU estão empatados com 5,4% das intenções de voto.

Os dois partidos à esquerda têm por perto a Iniciativa Liberal, com 5% das intenções de voto. O partido de João Cotrim Figueiredo consegue ganhar 2,2 pontos percentuais em duas subidas consecutivas. Há seis semanas, no início deste barómetro, tinha apenas 1,5%.

Mais abaixo está o PAN com 2,3% das intenções de voto (terceira subida consecutiva) e, finalmente, o CDS de Francisco Rodrigues dos Santos tem 1,6%.

Estes resultados têm em conta a distribuição dos indecisos, que ainda representam mais de um em cada quatro dos inquiridos (26,5%). Sem essa distribuição, o PS recolhe 31,3% das intenções de voto, contra 18,9% do PSD. O Chega tem 5%; BE e PCP 4%; Iniciativa Liberal 3,6%; PAN 1,7%; e CDS 1,2%.

PS e PCP seguram mais eleitores

Sem contar com a distribuição de indecisos, a sondagem mostra que, por esta altura, o Partido Socialista está a segurar três em cada quatro dos seus eleitores de 2019 (75,2%). O partido de António Costa perde sobretudo votos para os indecisos (15,5%) e para o PSD (5,8%).

O partido de Rui Rio aguenta 68% do eleitorado das últimas legislativas, deixando escapar 18,9% para os indecisos, 6,6% para a Iniciativa Liberal e 4,9% para o Chega.

O partido de André Ventura, que agora surge em terceiro lugar na sondagem, “alimenta-se” ainda de 21,3% dos eleitores que votaram branco, nulo ou noutros partidos que não os tradicionais e cresce também à custa do CDS. Os centristas estarão a perder neste momento 23,5% do eleitorado de 2019 para o Chega, outro tanto para o PSD e 11,8% para os indecisos.

Outro partido que está em forte perda de eleitorado é o Bloco de Esquerda, que segura apenas 45,7% do eleitorado de 2019. A sondagem indica que 22,9% estão agora indecisos, 17,1% fogem neste momento para o PS e 8,6% para votos brancos, nulos ou outros partidos que não PS, PSD, CDU e CDS.

Na coligação que junta PCP e PEV, 71,4% mantém a intenção de voto. A maior fuga é para o campo dos indecisos (10%), mas também há perdas para o PS (7,1%).

Apenas 1% das mulheres vota no Chega

Na análise por género, apenas o PS e o Bloco de Esquerda conseguem mais votos entre as mulheres do que entre os homens.

No caso dos socialistas, se as eleições fossem hoje, contariam com apoio de 34% das inquiridas (contra 25% dos homens), e no partido de Catarina Martins (terceiro com mais votos entre mulheres) a diferença seria de 5% para 3%. Já o PSD, que surge em segundo lugar no voto feminino (com 14%), lidera as intenções de voto entre os homens (28%).

Tal como no resultado global desta sondagem, o Chega é o terceiro partido no voto masculino (9%), mas atrai muito poucos votos femininos – apenas 1%.

Ainda entre os homens, 6% ficam convencidos com a Iniciativa Liberal e 4% com a CDU. Seguem-se BE (3%), PAN (2%) e CDS (1%). Nas mulheres, depois de PS, PSD e BE, é a CDU que ocupa o quarto lugar (3%), seguida do PAN (2%). Os restantes partidos têm apenas 1% cada.

Distância de PS sobre PSD é maior entre mais novos e mais velhos

Seja qual for o escalão etário, é o PS que reúne a preferência: 27% dos inquiridos que têm entre 18 e 34 anos; 31% dos que têm entre 35 e 44 anos; bem como dos que têm 45-54 anos; e 35% dos inquiridos com mais de 54 anos.

O PSD é o segundo partido com mais intenções de voto em todos os escalões, mas enquanto ainda se aproxima nas duas faixas intermédias (que abrangem em conjunto votantes entre 35 e 54 anos) – ambos com 31% dos inquiridos -, fica a grande distância entre os mais jovens e os mais velhos.

Fora dos dois grandes partidos, o resultado mais relevante é alcançado pela Iniciativa Liberal entre os mais jovens – reúne apoio de 7% dos eleitores entre 18 e 34 anos, mais do que os 6% de BE e Chega e os 4% de CDU e PAN. Os resultados do CDS neste escalão não têm relevância estatística. Esta é a faixa etária em que há mais indecisos face ao total de eleitores com esta idade (29%).

PSD apenas lidera nos estratos sociais mais elevados

Em termos de estrato social, o PS lidera nas classes média, média baixa e baixa, mas perde para o PSD nas classes mais altas.

O PSD convence 28% do eleitorado que tem mais dinheiro, face a 25% do PS. Seguem-se Iniciativa Liberal (7%), CDU (6%), Chega (4%), BE (3%), CDS (2%) e PAN (1%).

Entre a classe média, o PS (34%) já deixa a grande distância o PSD (14%). O Chega (7%), BE (6%), CDU, PAN, Iniciativa Liberal (3%) e CDS (1%) completam o quadro.

Um pouco mais abaixo na escada social, 34% da classe média-baixa está com o PS, contra 15% do PSD. Segue-se o Chega (6%), BE (4%), CDU, PAN (ambos com 2%), CDS e Iniciativa Liberal (1%).

Por fim, entre os mais pobres, mantém-se a ordem inicial – PS com 37% em vantagem sobre o PSD, que conta 15% das intenções de voto, mas o terceiro lugar passa a ser partilhado pelo CDU e pela Iniciativa Liberal (4%). O BE e o Chega (ambos com 2%) convencem ainda menos o eleitorado deste estrato social, de acordo com a sondagem da Pitagórica.

ZAP //

15 Comments

  1. Será que os inquiridos favoráveis aos SÚCIAlistas acompanham minimamente as trapalhadas deste (DES)governo? Serão cegos e surdos, ou terão algum GANHO SECUNDÁRIO?

  2. Está é a sina sadomasoquista dos Tugas. Quanto mais na lama estão mais gostam de lá estar. Por isso fazem bem, votem Kostov, votem xuxalista!

  3. André das Aventuras, ajuda o nosso miserável povo a ter uma vida melhor. Por favor! E não te esqueças de rebentar a esquerdalhada toda. 🙂

  4. Mas em dia de reflexão também se podem fazer sondagens e divulgá-las? E logo parecem à medida dos interesses instalados e pelos vistos as mulheres até se sentem bem, quanto mais me bates, mais gosto de ti!

  5. Anda mesmo tudo a dormir. Ou a mamar. Deve ser por isso, enquanto cresce uma força para acabar com as mamas e tachos, a dos respectivos aumenta. Isto só mostra quantos vivem à conta de quem.

  6. 20/01/2021
     O eleitorado tem de ter o dever cívico de votar mas, os políticos, apesar dos compromissos que dizem assumir, não têm o dever cívico de servir o eleitorado.

  7. O Rui Rio começou muito bem, com a retorica de que 1º estava Portugal, acima dos interesses do PSD, continuou em alta, com esta argumentação de salvador da Pátria, até que foi convencido pelos Tachistas do PSD a mudar para uma argumentação oportunista, populista como se os Portugueses ainda estivessem naquela mentalidade partidária como a clubista, em que por exemplo o benfiquismo, ora esse tempo (do Cavaquismo, Jardinismo, Soarismo, etc.) já passou, as Pessoas estão mais cultas e maduras politicamente, hoje as pessoas valem por os atos, e com franqueza levantar bandeiras com cheiro a podre, fazer lembrar a inesquecível, quer queiramos ou não, de má memoria, politica e argumentação dos tempos de Passos Coelho, só pode dar para cavar a cova mais fundo, e ou o Rui Rio larga esses conselheiros Obcecados que apenas estão apressados pelo Tacho, ignorar os concelhos do Jardim, e seguir a sua própria politica e ideias, ou dará um trambolhão de todo o tamanho, os mesmos conselhos já foram dados ao Moedas que teve uma posição classificada de oportunismo com o descalabro dos Sportinguistas, onde perdeu já muitas intenções de voto, estas formas de fazer politica estão ultrapassadas já não se é PSD ou PS porque é PSD ou PS, hoje ganha-se eleições pela qualidade que se demonstra, não pelas criticas que se faz, e assim sendo estas sondagens, a margem de distancia até podem estar erradas por defeito, não estranho que seja muito superior, ou o RR retorna ás suas ideias, do politico diferente ou o PSD com ou sem Rui Rio apaga-se.

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