Projeções dizem todas o mesmo: PS ligeiramente à frente da AD e IL à frente do Chega. Líderes partidários — e António Costa — já reagiram.
Os partidos já começaram a reagir às projeções dos resultados das eleições para o Parlamento Europeu, que ditam essencialmente o mesmo: empate técnico entre PS (28 a 34%) e AD (28 a 33%), com ligeira vantagem para os socialistas, bem como uma grande subida da IL (8 a 12%) e descida do Chega (8 a 12%) com ligeiro favoritismo para os liberais à frente do Chega.
Na sala de imprensa montada no Hotel Altis o PS festeja, mas com contenção, uma vez que nada está garantido. “Vai ser uma noite longa”, disse ao Expresso um dos militantes.
No entanto, António Costa, em reação, já entregou a vitória ao PS.
À CMTV, espaço onde atua como comentador televisivo, sublinha que as projeções mostram “uma vitória para o PS” — e tem algo a dizer sobre os resultados aquém das expectativas do Chega.
A IL ultrapassar o Chega vem confirmar que “felizmente muito do voto que o Chega teve foi um voto conjuntural, um voto de protesto”, diz o ex-primeiro-ministro.
André Ventura também já se pronunciou e assumiu a culpa por um resultado que “não era o pretendido”.
“Nós assumimos isso. O responsável, por isso, naturalmente, sou eu próprio”, reconhece Ventura. “Evidentemente, nós queríamos vencer estas eleições, mas isso não aconteceu e sou eu o responsável por isso. E vamos ver no fim da noite qual é o real impacto disso”.
Mas a deputada Rita Matias acha o contrário. Em espaço de reação da RTP, considera estes resultados provisórios uma vitória do Chega.
“Eleger é sempre uma vitória”, garante, lembrando que o partido de André Ventura não apareceu no boletim de voto nas últimas eleições.
“O importante a realçar é que, a partir de hoje, haverá vozes do Chega em todos os parlamentos, no Parlamento Europeu, na Assembleia da República, e nos parlamentos regionais da madeira e dos e dos Açores”, disse Pedro Pinto, líder parlamentar do partido, em reação ao balde de água fria.
Nuno Melo, a falar pela AD, foca-se no facto de apenas projeções serem conhecidas até então e realça a vitória quase certa da família política social-democrata, o Partido Popular Europeu (PPE).
Já no quartel-general da IL, relata o Expresso, o ambiente é de festa.
“Hoje é também dia de esperança. A partir de hoje temos representação em todos os parlamentos”, disse o vice da IL Bernardo Blanco. “O Chega é apenas o PS que ainda não alcançou o poder”, reforça.
Rui Tavares, do Livre, não quis deitar foguetes antes da festa perante a quase certa eleição de Paupério, mas garante estar feliz com a queda do Chega.
“Até que os votos estejam todos contados, vamos só estar atentos, mas o Livre volta a crescer e volta a crescer num cenário em que a extrema-direita desce”, disse.
O BE garante que vai celebrar a eleição de Catarina Martins. “Todas as sondagens dão-nos a eleição da Catarina e estou certo que daqui a umas horas estaremos com ela a celebrar a sua eleição”, disse o líder parlamentar Fabian Figueiredo.
Já o PAN fez silêncio e já assumiu a derrota, depois de não conseguir, segundo as projeções, eleger nenhum deputado.
“Obviamente não estamos satisfeitos. Gostaríamos muito de repor a verdade, mas não foi possível”, disse o candidato Ernesto Morais.
Por outro lado, a CDU não desiste. “As coisas ainda estão em aberto”, garante Vasco Cardoso, que diz que são “projeções num contexto ainda muito incerto”.
O ventura não vai colocar o cargo à disposição, para se recandidatar e ganhar, como fez anteriormente?