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Procuradora-geral de Nova Iorque quer dissolver NRA após investigação de fraude

matthewcohen93 / Flickr

Letitia James, procuradora-geral de Nova Iorque

A procuradora-geral de Nova Iorque anunciou, esta quinta-feira, ter movido um processo judicial contra a National Rifle Association (NRA), depois de uma investigação que mostra que os seus dirigentes desviaram milhões de dólares para benefício pessoal.

De acordo com a NPR, a procuradora-geral de Nova Iorque, Letitia James, anunciou ter movido um processo judicial para dissolver a National Rifle Association (NRA), a poderosa organização pró-armas norte-americana.

A decisão surge depois de uma investigação de 18 meses que encontrou provas de má conduta financeira que dura há vários anos. Só nos últimos três anos, denunciou, esta situação custou mais de 64 milhões de dólares, cerca de 53 milhões de euros, à NRA.

A procuradora-geral alega que os seus principais dirigentes usaram fundos doados à organização para seu benefício pessoal como, por exemplo, para pagar jatos privados, férias e refeições dispendiosas.

James também denuncia que estes responsáveis concederam contratos não só a amigos e a familiares, mas também a ex-funcionários para garantir a sua lealdade, adianta a NPR.

A ação judicial nomeia a National Rifle Association como um todo, mas destaca quatro nomes dentro da organização: o vice-presidente executivo Wayne LaPierre, o conselheiro geral John Frazer, o ex-diretor financeiro Woody Phillips e o ex-chefe de gabinete Joshua Powell.

“A influência da NRA tem sido tão poderosa que a organização não foi investigada durante décadas, enquanto os seus executivos canalizaram milhões para os seus próprios bolsos”, acusou James, em comunicado.

“A NRA está atolada em fraude e abusos e é por isso que, hoje, procuramos dissolvê-la, porque nenhuma organização está acima da lei”, acrescentou.

Por sua vez, a organização pró-armas disse, também em comunicado, que este processo judicial é um ato político, considerando-o um “ataque premeditado infundado à organização e às liberdades da Segunda Emenda pelas quais luta para defender”.

“Não só não vamos afastar-nos desta luta, como vamos enfrentá-la e prevalecer”, diz a NRA na mesma nota.

ZAP //

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