Grandes superfícies confirmam aumento de vendas, em linha com os registados pelas farmácias.
A elevada procura por autotestes covid-19 que marcou as últimas semanas, reflexo do agravamento da situação epidemiológica, já está a provocar dificuldades no abastecimento, com algumas superfícies a reforçarem os stocks para conseguirem dar resposta. O cenário é semelhante nas farmácias.
O Jornal de Notícias cita declarações de Carla Lopes, diretora técnica de uma farmácia em Lisboa, que explica não ter enfrentado dificuldades na compra de autotestes, mas admite “constrangimentos de abastecimento em locais“, evidenciado por alguns utentes ao balcão. A responsável adiantou que depois de meses relativamente calmos, as vendas passaram para uma média de 150 autotestes por dia.
“Neste momento, a meio do mês, já duplicámos as vendas face ao mês passado”, aponta. Para além da subida do número de casos, Carla Lopes considera que a maior procura também se deve “ao facto de o SNS e a Câmara de Lisboa terem deixado de comparticipar testes”. Aponta ainda que, face a 2021, a procura “disparou mais do dobro“.
Já no que respeita aos supermercados, o JN aponta que não se registaram roturas de stock junto do grande retalho, apesar de as vendas terem duplicado. “Nas últimas semanas, venderam-se em média, 20 mil testes por dia“, adiantou fonte do Grupo Sonae, que detém o Continente. O grupo Auchan afirmou ter níveis de procura, vendendo, em média, “quatro a cinco testes e, por vezes, para a família inteira”.
O Pingo Doce, por sua vez, explica que a maior procura de autotestes tem levado ao reforço do stock, ao passo que o Mercadona regista uma subida de 150% nas vendas desde o início do mês, com uma média de 200 testes vendidos por dia.