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A Glovo está metida em problemas (no país onde foi criada)

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Negócio não é rentável, dificuldades financeiras há anos. Mas os problemas vão para além das contas: há tribunais e Segurança Social pelo meio.

A Glovo foi fundada há cerca de 10 anos em Espanha e é em Espanha que está a atravessas problemas sérios. A dois níveis.

O negócio de entregas ao domicílio não tem sido rentável e a situação financeira é complicada, já há alguns anos.

Mas há outro assunto por resolver: questões legais.

A empresa é acusada de não regularizar a situação profissional dos motoristas. Tem de pagar mais de 200 milhões de euros à Autoridade do Trabalho em Espanha.

As autoridades espanholas, explica o portal Sifted, acusam a Glovo de violar a lei do país: não classifica alguns motoristas como funcionários da empresa. Oficialmente são freelancers, não empregados da Glovo.

Ou seja, por não declarar tudo, por não dar contratos de trabalho aos funcionários, a Glovo tem pagado menos à Segurança Social – e agora foi descoberto que deve milhões de euros em contribuições.

Nesta segunda-feira, noticia o El País, a startup conseguiu adiar o pagamento de mais de 67 milhões de euros. Precisamente porque a Justiça percebeu que pagar esse valor iria colocar a Glovo numa “situação extrema”.

No entanto, apesar deste “oxigénio financeiro”, há poucos dias foi aplicada nova multa à empresa – que percebe que os problemas em tribunais estão longe do fim.

E mais: adiar o pagamento desta multa também aumenta o valor da mesma. Passam a ser cerca de 70 milhões de euros, caso venha a ser paga.

A Glovo estima que, ao longo do ano passado, teve prejuízos de 209 milhões de euros. E tinha sido o dobro em 2022.

A proprietária da Glovo, a Delivery Hero, assegura que o sistema de contratação está totalmente de acordo com a lei (a empresa mudou o sistema e passou a contratar motoristas que não estavam nos quadros).

ZAP //

1 Comment

  1. Isto é o chamado bater no ceguinho… Já há anos e anos que está mais do que provado que não há modelo de entregas que funcione e que seja rentável… O melhor local do mundo para este negócio poder eventualmente prosperar, foi precisamente o lugar onde se comprovou que empresa após empresa deste género faliu por impossibilidade de gerar rentabilidade.
    A única coisa que aqui é um espanto, é como é que os investidores institucionais ainda continuam a injectar dinheiro nisto…

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