Príncipe do Gelo: criança de olhos azuis foi enterrada com um leitão há 1.350 anos na Baviera

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A criança de olhos azuis “Príncipe de Gelo” foi enterrada com uma espada e um leitão há 1350 anos na Baviera

O enterro do “Príncipe de Gelo” revela a história de uma criança de uma família abastada que viveu há cerca de 1350 anos na Baviera, Alemanha. O menino foi enterrado com uma espada, roupas de seda, uma cruz de ouro… e um leitão.

Em 2021, foi descoberta perto da cidade de Mattsies, no sul da Alemanha, uma sepultura de um misterioso menino de olhos azuis com 1350 anos.

A criança foi apelidada de “Príncipe do Gelo” porque os arqueólogos congelaram a câmara funerária para escavar o seu conteúdo num único bloco.

Um novo estudo, cujos resultados foram divulgados na semana passada, revelaram que o menino sepultado com riquezas raras – incluindo uma espada, roupas de seda e uma cruz de ouro… e um leitão.

Esta descoberta indica que a criança provinha de uma família abastada; e que morreu com uma infeção no ouvido médio, com cerca de 18 meses de idade.

Uma análise do isótopo de estrôncio do esmalte dos seus dentes indica que ele nasceu na região e se alimentava principalmente de leite materno.

A análise do seu ADN confirmou que o rapaz tinha olhos azuis e cabelo claro.

Sepultura rica… e um leitão

Os últimos estudos revelam que o corpo foi colocado sobre um cobertor de peles no interior da câmara e que uma das peças de vestuário do rapaz era uma camisa de mangas compridas feita de linho e debruada com tiras de seda.

Nessa altura, a seda era um sinal de riqueza, um símbolo raro de estatuto e só estava disponível no Império Bizantino. A preservação excecional dos tecidos, devido à sepultura hermeticamente fechada, torna-os um achado ainda mais excecional, dizem os investigadores, citado pela Live Science.

O menino foi enterrado com braceletes de prata nos braços e esporas de prata presas aos sapatos.

A câmara funerária também continha um pano decorado com uma cruz feita de tiras finas de ouro, o que pode indicar crenças cristãs primitivas.

Além disso, vários objetos de sepultura – incluindo uma bacia de bronze, um pente, uma tigela de madeira e um copo com acessórios de prata – tinham sido colocados numa esteira tecida ao pé do corpo.

Os arqueólogos encontraram também restos de avelãs, maçãs e uma pera, que se presume estarem inteiras quando foram colocadas na câmara funerária… mas mais fascinante do que isso foram os restos desmembrados de um leitão – “que pode ter sido cozinhado e colocado como oferta alimentar”, teorizam os investigadores.

ZAP //

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