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Primeiros colonos da América? Esqueleto de 13 mil anos encontrado no México

Um esqueleto, encontrado numa caverna da península de Iucatã, no México, poderá ser a prova da mais antiga presença humana no continente americano.

Trata-se do esqueleto descoberto, em 2012, na caverna de Chan Hol, situada próximo à cidade mexicana de Tulum, em Quintana Roo. Segundo uma análise isotópica recente, estes ossos têm 13 mil anos, podendo assim indicar que os humanos chegaram à região durante o Pleistoceno, ou seja, da era Cenozóica.

Há milhares de anos que o sistema de cavernas de Tulum está a sofrer mudanças dramáticas. Ao examinar os ossos do esqueleto, os investigadores, liderados por Wolfgang Stinnesbeck, da Universidade Ruprecht Karl de Heidelberg, na Alemanha, determinaram que o indivíduo teria morrido quando a caverna ainda era um habitat seco.

“No Pleistoceno, o nível do mar correspondia a cerca de 100 metros abaixo do nível atual, deixando grandes partes do sistema de cavernas secas e acessíveis“, escreveram os autores da investigação, publicada na revista científica Plos One.

Além disso, os cientistas pressupõem que os restos mortais pertenciam a um homem jovem. Se os ossos não tivessem sido roubados depois da publicação das primeiras imagens, teria sido possível determinar o seu sexo e idade exata.

Atualmente, a teoria dominante entre os historiadores diz que os primeiros humanos a povoar o continente americano pertenciam à cultura Clóvis, cujos restos foram encontrados nos EUA, México e Venezuela.

Todavia, não se sabe como chegaram ao continente (provavelmente vindos da Sibéria), mas de qualquer forma essa cultura indígena surgiu na América há 13 mil anos.

Assim, o homem cujo esqueleto foi encontrado em 2012 pode, ou não, pertencer à cultura Clóvis, tendo sido, assim, de outra cultura longínqua numa escala de tempo.

É importante destacar que o coautor do estudo, o mexicano Arturo González, do Museu do Deserto, em Saltillo, sugere que, através da forma dos crânios encontrados na caverna, os seus donos “possuem semelhanças com as pessoas do Sudeste Asiático”.

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