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Primeiro satélite 100% português estará em órbita até fim de 2020

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(dr)

Ilustração do satélite Infante

O primeiro satélite totalmente construído e desenvolvido em Portugal, o Infante, deverá ser lançado até final de 2020.

Apresentado esta quinta-feira no encontro AED Days 2017, em Oeiras, o projeto do microssatélite Infante é uma iniciativa do cluster português para as indústrias Aeronáutica, do Espaço e da Defesa (AED Cluster) e o grupo ISQ será o responsável por “toda a área de testes a peças e produto final”, refere o Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ) em comunicado.

Trata-se da construção de um satélite de nova geração que envolve um investimento de mais de nove milhões de euros para três anos, sendo que o projeto Infante já foi aprovado pela Agência Nacional de Inovação (ANI) para ser co-financiado pelos fundos estruturais da União Europeia.

O projeto é uma iniciativa de várias empresas e entidades portuguesas e é co-financiado por fundos comunitários, sendo que este satélite será o precursor de outros satélites a lançar até 2025 para observação da Terra e comunicações com foco em aplicações marítimas. É expectável que o Infante seja lançado até final de 2020, segundo os coordenadores do consórcio.

“É o primeiro satélite português totalmente desenvolvido e construído no país”, refere o presidente do ISQ, Pedro Matias, e prosseguiu, citado em comunicado: “É uma área que conheço bem, pois já há alguns anos tinha acompanhado o processo do PoSAT (1993), do professor Carvalho Rodrigues do então INETI (Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação), que embora construído por empresas e laboratórios portugueses, era essencialmente um projeto de transferência de tecnologia”.

Este satélite será o primeiro de uma futura constelação de 12 satélites idênticos, para observação da Terra e comunicações, que serão construídos e lançados nos anos seguintes.

O consórcio envolvido neste projecto é constituído por nove empresas da área do espaço, entre as quais a Tekever, Active Space Technologies, Omnidea, Active Aerogels, GMV, HPS e a Spin.Works, além de dez centros de investigação e desenvolvimento (I&D) de diversas universidades e laboratórios de investigação de todo o país que trabalham em espaço.

O ISQ há vários anos que aposta na área da aeronáutica e do espaço e “os resultados estão a aparecer”, acrescentou Pedro Matias, referindo que o instituto “é uma referência” nesta área, cabendo-lhe a responsabilidade de toda a área de testes das peças e do produto final.

// Lusa

1 Comment

  1. Mais uma treta para sacar dinheiro dos fundos comunitários de forma a pagarem as contas correntes destes institutos e empresas (de amigos e conhecidos).
    No final um relatório muito muito bem escrito cheio de “palha” inútil para justificar os milhões gastos em nada…
    Infelizmente, é assim que tem sido nos últimos 30 anos desde que tivemos fundos comunitários.
    É por isso que este pais não deixa de ser pobre, mesmo depois de ter recebido mais de 30 mil milhões de euros em fundos comunitários,

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