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Primeiro Museu da Prostituição do mundo inaugurado em Amesterdão

Alexandre R. Costa / Flickr

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O Bairro Vermelho de Amesterdão vai revelar os segredos no primeiro museu da prostituição do mundo e que hoje abre as portas para mostrar uma profissão legalizada na Holanda.

Situado no bairro turístico da cidade holandesa onde trabalham 900 prostitutas, muitas delas em montras de estabelecimentos comerciais, quer dar uma visão do mercado sexual, sem “romantismo”, disse à agência EFE Ilonka Stakelborough, fundadora da “Fundação Geisha” que se ocupa dos direitos do setor.

O museu, que partiu de uma iniciativa privada, não esquece a denúncia do trabalho forçado por proxenetas e redes, sobretudo “provenientes dos Balcãs”, acrescenta Stakelborough.

As prostitutas do Bairro Vermelho são mulheres entre os 21 e os 55 anos, jovens que não conseguem pagar os estudos ou mães solteiras mas cerca de 70 por cento têm uma relação estável, segundo as fontes do museu.

Trabalham em média durante cinco anos “mas muitas acabam por não retirar-se” porque se acostumam a um nível de vida com rendimentos superiores”.

O novo espaço quer contribuir para a “normalização” da profissão, cuja legalização na Holanda em 2000 também teve efeitos inesperados.

“Muitas estudantes, por exemplo, não querem inscrever-se como profissionais no mercado de trabalho porque fica registado no currículo e, por isso, trabalham nas próprias casas”, disse a mesma responsável.

A entrada no museu custa 7,5 euros e o visitante pode conhecer a moda ligada à prostituição ao longo das décadas e ficar a conhecer réplicas das famosas montras onde as mulheres se exibem, uma prática que no Bairro Vermelho começou em finais do século XIX.

O museu, ligado à Fundação Geisha, aborda também as questões da integração e da auto-defesa das prostitutas.

/Lusa

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