Xavier Bettel, primeiro-ministro do Luxemburgo, é acusado de plágio na sua tese de mestrado. Das 56 páginas que compõem a dissertação, apenas duas apresentam conteúdo original.
Uma investigação dos meios de comunicação do Luxemburgo concluiu que só duas das 56 páginas da tese de mestrado de Xavier Bettel apresentam conteúdo original.
A Reporter noticia que o trabalho contém 20 páginas copiadas diretamente do site do Parlamento Europeu e outras nove extraídas do relatório de um eurodeputado grego, apresentado em 1998.
O jornal luxemburguês afirma ainda que a tese inclui “extensos excertos de texto que foram retirados, sem que haja referência, a dois livros, quatro sites e um artigo de imprensa”.
“O plágio que encontrei é muito problemático porque longas passagens foram transpostas quase ipsis verbis”, reagiu Anna-Lena Högenauer, professora de Ciência Política da Universidade do Luxemburgo. “Não é possível copiar acidentalmente várias páginas.”
Xavier Bettel’s master thesis from 1999 is probably one of the clearest cases of plagiarism. However the prime minister still insists that he wrote the thesis “to the best of my knowledge and belief at the time”. pic.twitter.com/zHy4yOEL6W
— Pol Reuter (@PolReuter) October 27, 2021
O governante já admitiu que a sua dissertação “deveria ter sido feita de maneira diferente”. A investigação descreveu a tese de Bettel como “uma amálgama confusa de passagens copiadas que não correspondem aos requisitos necessários pela academia”.
O primeiro-ministro do Luxemburgo defendeu-se, dizendo que a tese tinha sido escrita há mais de 20 anos e sem qualquer tipo de má intenção associada.
Segundo o The Guardian, Bettel disse ainda que, na altura da redação da dissertação, tinha total confiança na Universidade de Lorraine (no leste de França) para verificar se o trabalho académico cumpria os requisitos necessários à data.
O chefe de Governo vai “aceitar naturalmente” a decisão, mesmo que isso o leve a perder o grau académico.
Etienne Criqui, supervisor do primeiro-ministro durante a tese, argumentou que, na altura, o contexto era diferente e que os alunos não tinham tanta informação relativamente à aplicação de métodos científicos.
Além disso, Criqui justificou que, à data, as ferramentas para detetar plágio, como softwares de deteção, não eram tão desenvolvidas.
A dissertação, intitulada “Rumo a uma Possível Reforma dos Sistemas de Voto no Parlamento Europeu”, permitiu ao primeiro-ministro do Luxemburgo concluir o curso de Direito Público e Ciência Política.
“DOUTORES de MEIA TIGELA” – Não só o “Doutor” Xavier Bettell , mas, se forem investigar mais a fundo, os órgãos responsáveis pelas entrega de títulos aos que terminam o Mestrados nas Universidades, com certeza irão encontrar milhares de teses similares ao do “doutor! Xavier. Que Primeiro-Ministro ! ….A corrupção não existe , somente, nas, pequenas Repúblicas da África e da América espanhola O Velho Continente tem o seu “rabo preso” também. E o que diz, joaoluizgondimaguiargondim – [email protected]
Resta o consolo de que não é só por lusas terras que semelhantes episódios acontecem….
E, 50 páginas? Então tenho 5 mestrados?
Ah…grande artista.
Eheheee… o seu antessesor (Junker) era bêbado e vigarista/mafioso. Tendo em conta a origem do PIB do Luxemburgo, este também deverá trazer mais supresas…
Deve ter frequentado a mesma escola do Sócrates!