Foi através do facebook que o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, anunciou na sexta-feira que apresentou o pedido de demissão ao Presidente guineense, José Mário Vaz.
No texto, Umaro Sissoco Embaló, de 46 anos, não especificou os motivos para o pedido de demissão, apenas referiu ter apresentado ao chefe do Estado guineense a segunda carta naquele sentido, depois de o já ter feito no passado dia 6 de dezembro.
“Agradeço vivamente o Presidente da República, os membros do Governo, com os quais trabalhei durante 15 meses”, indicou Umaro Sissoco Embaló que afirma ser fiel aos partidos e deputados que o apoiaram.
Embaló afirmou, igualmente no Facebook que, olhando pela história, em 20 anos, nunca os doadores se mostraram satisfeitos com um governo, numa referência ao desempenho da sua equipa.
Também hoje, o jornal guineense O Democrata, na sua edição online noticiou que o primeiro-ministro entregou ao Presidente guineense a carta de demissão do cargo, citando várias razões que teriam motivado Embaló.
Segundo O Democrata, o primeiro-ministro “não digeriu bem” a posição do chefe do Estado nos incidentes com dois ministros do seu governo, João Fadiá, das Finanças, e Botche Candé, do Interior.
O jornal afirma que Umaro Embaló considerou que José Mário Vaz esteve do lado dos seus ministros.
Segundo a mesma fonte, Umaro Embaló mandou entregar a sua carta de demissão do cargo que ocupa desde 18 de novembro de 2016 e “o Presidente vai analisá-la e depois informar o país sobre se a aceita ou não”.
Se José Mário Vaz aceitar o pedido, publicará um decreto presidencial a anunciar a exoneração de Umaro Sissoco Embaló, que é o quinto primeiro-ministro nomeado desde as eleições legislativas de 2012.
ZAP // Lusa
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