A decisão de proibir que ministros e os seus respetivos funcionários mantenham relações sexuais surge após o escândalo que envolve o vice-primeiro-ministro, Barbany Joyce.
O primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, anunciou esta quinta-feira que irá passar a ser proibido que ministros e os seus respetivos funcionários mantenham relações sexuais. Esta medida surge na sequência do episódio que envolveu o vice-primeiro-ministro, Barbany Joyce.
Segundo o Expresso, Turnbull criticou Joyce pelo seu “chocante erro de julgamento”, numa conferência de imprensa esta manhã. O vice-primeiro-ministro vai ficar suspenso de funções, a partir da próxima segunda-feira, enquanto é alvo de um inquérito para apurar se violou os estatutos ministeriais.
Tanto Turnbull como Joyce rejeitam que o segundo tenha violado esses estatutos. Ainda assim, e para evitar escândalos futuros, o chefe do Governo australiano decidiu iniciar uma reforma ao código de conduta pelo qual os ministros se regem, que, na sua opinião, é “verdadeiramente deficiente”.
“Hoje acrescentei às normas ministeriais uma disposição clara e inequívoca: os ministros, sejam casados ou solteiros, não podem manter relações sexuais com o staff. Não cumprir a norma constitui uma violação às normas”, disse o primeiro-ministro.
Isto significa que os ministros podem, porém, manter relações com funcionários de outros pelouros ou com pessoas que já trabalharam para o seu respetivo ministério mas que, entretanto, abandonaram o cargo.
O escândalo que está a abalar a política australiana desde o início da semana foi o mote para esta reforma ao código de conduta dos ministros. Barbany Joyce teve um caso extraconjugal com a sua assessora de imprensa, Vikki Campion.
Segundo o mesmo jornal, a oposição aprovou esta manhã, no Senado, uma moção não-vinculativa a exigir a demissão de Joyce. No entanto, esta possibilidade foi já rejeitada pelo primeiro-ministro, que defende que o governante conservador não ocupava o cargo de vice-primeiro-ministro quando manteve a relação com Campion.
“Barnaby cometeu um chocante erro de julgamento ao ter um caso com uma jovem mulher que trabalhava no seu gabinete”, declarou esta manhã Turnbull, acusando-o de ter causado “terrível sofrimento e humilhação” à sua mulher, Natalie Joyce, às quatro filhas e à antiga conselheira.
De acordo com o Diário de Notícias, a imprensa australiana divulgou que a ex-assessora está grávida e que o pai é o vice-primeiro-ministro, um assunto que causou polémica em alguns setor da sociedade australiana. No ano passado, Joyce separou-se da mulher com quem esteve casado durante 24 anos e de quem tem quatro filhos.
Atitudes destas só podem vir do outro mundo.
Passem bem.
Espero se refrira à atitude do vice-ministro.
Cada um é livre, não vou julgar a conduta, embora tenha a minha opinião. Mas é preciso ser-se verdadeiramente estúpido e idiottaa para fazer isto com pessoal das “imediatas redondezas” – seja da empresa, do gabinete, do staff, da vizinhança, entre amigos ou em família.
Ao menos a inteligência (para não dizer a decência) de não incorrer em situações no mínimo embaraçantes, se o “affair” der para o torto.