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Está a nascer na Cidade-Berço o primeiro edifício híbrido da Península Ibérica

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Guimarães acolhe primeiro edifício de construção híbrida da Península Ibérica

Guimarães acolhe primeiro edifício de construção híbrida da Península Ibérica.

“O primeiro edifício de construção híbrida da Península Ibérica” está a ser construído em Guimarães. Vai ter seis pisos e será erguido em apenas 10 meses devido a um sistema inovador que poupa recursos e o ambiente.

Vai ser um hotel e está a nascer junto ao campus da Universidade do Minho, em Guimarães, e é “o primeiro edifício de construção híbrida da Península Ibérica”, como aponta o jornal local O Minho.

Fala-se em “construção híbrida” porque o projecto mistura a madeira com o betão, como explica àquele jornal o director da obra, André Costa, do Grupo Casais.

O recurso a madeira permite cortar em “40% na utilização de betão”, o que o torna num edifício ecológico, acrescenta o mesmo responsável.

Mas a grande novidade da obra é o facto de assentar num sistema inovador de componentes individuais pré-fabricados, como “painéis de tecto, painéis de fachada, pilares e estruturas”, aponta O Minho. Estes módulos individuais feitos em fábrica são depois montados na obra.

Assim, é um tipo de construção mais rápida do que a tradicional e que “precisa de menos mão-de-obra”, o que permite poupar recursos.

Além disso, contribui para “a redução das emissões de carbono, do ruído e das poeiras”, “permitindo economizar tempo e dinheiro“, como destacam fontes do Grupo Casais, que é responsável pela obra, ao O Minho.

Por outro lado, este tipo de construção também reduz o risco de acidentes, embora exija maior qualificação profissional.

Obra vai ser terminada em 10 meses

O projecto do arquitecto Mário Fernandes envolve um investimento de 11 milhões de euros.

As obras começaram em Fevereiro deste ano e devem terminar “até ao final do ano, ou seja, cerca de 10 meses no total“, como refere André Costa. Numa obra de construção tradicional, as obras demorariam “entre 14 a 16 meses no mínimo”, salienta ao dito jornal.

André Costa destaca que com este método, é possível fazer um piso a cada dois dias. “Neste caso, construímos dois pisos da forma tradicional, em alvenaria. Esses dois pisos levaram mais tempo a fazer do que os quatro seguintes”, explica.

Sistema inovador pode atrair mulheres para a construção

O sistema utilizado nesta obra pode ser uma solução para a falta de mão-de-obra no sector da construção, considera ainda André Costa no O Minho.

“Com este sistema, não só precisamos de menos trabalhadores, como podemos atrair outro tipo de pessoas para a construção, como as mulheres. Trabalhar numa unidade industrial, onde são feitos os painéis, é completamente diferente de trabalhar em chão de obra”, esclarece André Costa.

“Mesmo no local de construção, o trabalho torna-se diferente, porque passa a ser uma obra ‘seca’, ao contrário das construções em alvenaria”, aponta ainda o director de obra.

Susana Valente, ZAP //

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