Descoberto o primeiro dente de megalodonte preservado no seu habitat

Cientistas da Universidade de Wyoming encontraram o primeiro dente de megalodonte preservado no seu habitat natural – uma relíquia antiga que remonta a 3,5 milhões de anos.

O dente, com três polegadas, foi encontrado num monte submarino a mais de 3 mil metros de profundidade no Pacífico Norte, perto do Havai.

Esta descoberta notável desafia a sabedoria convencional, uma vez que a maioria dos dentes de megalodonte são normalmente recuperados de sedimentos do fundo do mar através de dragagem.

O que distingue esta descoberta não é apenas a sua idade, mas o estado imaculado do dente – apenas parcialmente fossilizado, permitindo aos cientistas observar pormenores que normalmente se perdem com o tempo. Os resultados foram publicados este mês na revista Historical Biology.

A descoberta casual ocorreu durante uma pesquisa sobre a geologia e a biologia do mar profundo. O veículo operado remotamente, que estava a explorar o monte submarino, revelou o dente de megalodonte que se encontrava intacto entre as rochas, apresentando uma oportunidade sem precedentes para os investigadores.

“Há áreas do fundo do mar, especialmente bacias oceânicas profundas longe do continente, onde pouca ou nenhuma deposição de sedimentos ocorre por longos períodos de tempo”, disse o paleontólogo Tyler Greenfield, citado pelo Daily Mail.

Ao contrário de muitos dentes de tubarão fossilizados encontrados nas praias, este dente de megalodonte manteve as suas arestas serrilhadas originais, indicando que não sofreu a típica erosão causada pelas correntes oceânicas. As bordas rugosas contam uma história distinta, sugerindo a estabilidade do dente dentro da rocha circundante.

A localização do dente no topo de uma crista submarina, onde a acumulação de sedimentos era mínima devido às correntes oceânicas persistentes, contribuiu para a sua preservação invulgar. De notar que apenas a superfície externa do dente apresentava sinais de fossilização, enquanto o seu interior exposto, incluindo a polpa esponjosa, permanecia intacto.

O mineral tinha começado a incrustar o dente, um processo que está normalmente associado à fossilização. No entanto, neste caso, a fossilização foi parcial, proporcionando um raro vislumbre da estrutura interna do dente.

Embora a investigação anterior tenha sugerido que a maioria dos megalodontes habitava zonas costeiras, esta descoberta desafia os preconceitos. Apesar de os dentes de megalodonte estarem normalmente associados a formações rochosas costeiras, este dente em particular foi encontrado longe de terra firme, realçando a possibilidade de migração transoceânica entre estes antigos predadores.

ZAP //

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