Primeiras “vítimas” da fusão do Waze com o Google

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ZAP // Waze

Após a sua fusão com o Google Geo, a divisão do Google Maps da Alphabet, a anteriormente independente aplicação de mapeamento Waze tem agora pela frente uma primeira vaga de despedimentos.

A Alphabet, empresa-mãe do Google, anunciou esta semana que vai operar uma redução do número de trabalhadores da empresa que mantém a icónica aplicação de mapas Waze, adquirida pela gigante tecnológica.

Segundo a agência Reuters, a empresa não especificou quantos dos 500 trabalhadores da empresa vão ser afetados.

A medida implica uma fusão das estruturas comerciais do Google e da Waze, no âmbito da integração da plataforma de publicidade online Google Ads na app do Waze — que deixa de ter a sua própria plataforma independente de venda de anúncios.

A Waze foi adquirida pela Alphabet em 2013, por um valor de 1.3 mil milhões de dólares, mas manteve até ao fim do ano passado um estatuto de “unidade de negócio independente” no seio da empresa, que detém e mantém como negócio paralelo o Google Maps.

A redução de efetivos da Waze surge depois de Chris Phillips, vice-presidente e CEO do Google Geo, ter anunciado a descontinuação da plataforma de anúncios do Waze, que passa a usar Google Ads para monetizar o seu tráfego.

Segundo a Ars Tehnica, a medida vai afetar os postos de trabalho focados na monetização de anúncios, vendas, marketing, operações e análise.

A mudança parece fazer sentido do ponto de vista  estratégico, considerando a predominância do Google no mercado mundial de publicidade online, mas é incerto até que ponto a empresa vai simplificar ou alterar as funcionalidades do Waze, que atualmente concorrem com as do Google Maps.

Apesar da sua fiel comunidade com 140 milhões de utilizadores ativos mensais, o Waze perde em comparação com o Google Maps, com uma base de utilizadores superior a mil milhões.

Numa tentativa de acalmar as apreensões dos utilizadores da icónica aplicação de mapas, Chris Phillips afirmou recentemente que os wazers podem estar tranquilos, porque a Google continua comprometida em desenvolver a marca “única” do Waze, a sua aplicação e a sua comunidade de utilizadores e voluntários.

Mas o histórico do Google em fusões e encerramentos a um ritmo acelerado, como a recente descontinuação do Stadia, lança uma sombra de incerteza sobre os inúmero fãs da aplicação.

O Waze, conhecido pela sua abordagem de crowdsourcing aos problemas de trânsito, permite que os utilizadores reportem questões como encerramentos de estradas, atualizações de tráfego e radares de velocidade, que são partilhadas com os outros utilizadores.

Embora grande parte destas funcionalidades  já tenha sido integrada no Google Maps, este ainda opera o seu próprio mapa e algoritmo de roteamento.

ZAP //

2 Comments

  1. É por isso que o Waze parou de dar rotas tirando das zonas de tráfico intenso.. ele costumava ser muito bom tirando do tráfico Ágora tá igual o Google maps no quesito de rotas.

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