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Menina “subornou” primeira-ministra por uma investigação sobre dragões

A primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, devolveu um “suborno” de uma menina de 11 anos que lhe escreveu a pedir que o seu Governo fizesse investigação sobre dragões.

Victoria queria receber poderes telecinéticos para se poder tornar uma treinadora de dragões, tendo incluído na carta cinco dólares neozelandeses (menos de três euros) como um suborno.

O gabinete da primeira-ministra confirmou à BBC a autenticidade da carta de resposta, enviada a 30 de abril. Na missiva, Ardern agradece a Victoria por ter entrado em contacto. “Ouvimos com muito interesse as tuas sugestões sobre videntes e dragões, mas infelizmente não estamos a desenvolver qualquer trabalho em nenhuma dessas áreas. Por isso, devolvo o teu dinheiro de suborno e desejo-te tudo de melhor na tua busca por telecinética, telepatia e dragões”, juntou.

Na resposta, enviada em papel timbrado oficial, Ardern terminou a carta com uma nota manuscrita: “P.S. Vou ficar atenta a esses dragões. Eles usam fatos?”.

Esta não é a primeira vez que a primeira-ministra neozelandesa responde à carta de uma jovem rapariga. Em março, uma utilizadora do Twitter publicou uma carta enviada por Ardern à sua filha, uma menina de oito anos que tinha escrito à chefe de Governo para dizer que era “uma boa ideia proibir armas perigosas”.

https://twitter.com/rachelz/status/1111780754294333440

“Consigo perceber pela tua carta que és uma menina amável e solidária, Lucy. Gostaria de te encorajar a continuares a espalhar essa gentileza ao longo da tua vida”, escreveu a primeira-ministra.

Em abril, a governadora-geral da Nova Zelândia assinou formalmente a lei que proíbe o uso e compra de armas do tipo militar, como a que foi usada em março pelo homem que matou 50 pessoas em duas mesquitas. Qualquer pessoa que mantiver este tipo de armas enfrenta agora uma pena até um máximo de cinco anos de prisão.

O parlamento já aprovou a lei que proíbe armas automáticas e semi-automáticas e também as componentes que modificam outras armas, tendo sido aprovada por 119 votos contra um na Câmara dos Representantes, na sequência de um processo acelerado de debate e consulta pública.

A primeira-ministra, Jacinda Ardern, defendeu a aprovação da lei, lembrando os momentos dramáticos vividos pelas vítimas dos tiroteios de 15 de março. Nesse dia, 50 pessoas perderam a vida e outras tantas ficaram feridas num ataque indiscriminado contra muçulmanos que se encontravam em duas mesquitas em Christchurch, antes da oração do meio-dia. O alegado autor dos ataques, o australiano Brenton Tarrant, foi preso no mesmo dia, tendo sido acusado pela polícia por 50 homicídios e 39 tentativas de homicídio.

ZAP //

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