Salvator Garau, autor da primeira obra invisível do mundo, diz que se sente atraído pelo que os olhos não veem. A sua obra encontra-se para além da matéria.
O vazio “não é nada mais do que um espaço cheio de energia“. Esta é a justificação de Salvatore Garau, um artista italiano que vendeu uma escultura imaterial, de nome “Lo Sono”, num leilão, por 15.000 euros.
Inicialmente, a obra suscitou críticas, mas o artista defende a sua criação e o significado desta, que passa sobretudo pelo poder da mente e o vazio.
A escultura – que não existe – é uma obra que está para além do corpo, da matéria. “A minha fantasia, treinada por toda a vida para sentir o que existe ao meu redor de maneira diferente, permite-me ver o que aparentemente não existe”, disse Salvatore numa entrevista à Art-Rite.
O artista tenta explicar que o vazio não é sinónimo de opacidade, pois implica um mundo de emoções, positivas e negativas, campos eletromagnéticos, neutrões – tudo de acordo com o Princípio da Incerteza de Heizenberg, um físico que recebeu o Prémio Nobel da física em 1932. Um intelectual que Salvatore leu “com entusiasmo”, diz.
O artista garante que se sente atraído pelo que os olhos não veem e quer explorar o que todos os sentidos conseguem fazer em conjunto e, com isso, tornar visível “um pensamento de espaço inexistente”.
A “ausência é a protagonista absoluta dos tempos que vivemos”, refere.
No seu processo criativo, o pensamento é a primeira parte do trabalho, ao qual Salavatore dá o maior foco. Ainda assim, a sua obra sido alvo de diversas críticas nas redes sociais.
Uma das questões mais levantadas em torno da obra é o espaço que esta ocupa. Neste sentido, o Italy 24 News informou que a obra deve ser colocada num espaço que permita que as dimensões de aproximadamente 150 x 150 cm estejam livres de quaisquer obstruções. O proprietário da escultura invisível também recebe um certificado de garantia da autenticidade.
Segundo o Interesting Engineering, a venda da escultura – ou não escultura – abre novas portas para aquilo que pode ser considerado arte.
E quem foi o triste idiota que deu 15,000€ por ‘nada’? Não basta a deterioração do génio artístico e do conceito de beleza, perpetrado por gente sem talento e o ‘relativismo’ de beleza e de arte. Desde a arquitectura à música, perdeu-se o génio, a beleza e o fascínio por algo que nos ultrapassa, a favor da banalidade e relativismo das coisas. Nada bate Beethoven, Notre-Dame ou o tecto da capela sistina. Por isso é que os museus e exposições de ‘arte’ contemporânea estão sempre às moscas, em contraste com filas de milhares para verem as obras clássicas.
Foi alguém que também deve andar com muito “lo sono”!…
… convenhamos que quem tem de viver neste país está perfeitamente familiarizado a ter de pagar por… nada.
No que diz respeito a impostos é necessário muito poder da mente para conseguir materializar o valor que temos de pagar pelo imenso vazio de contrapartidas.
O comprador recebe mas é um certificado de idiotice. Para mim, quando “nada” é arte, então tudo pode ser arte. Se tal não for assim, o artista é um impostor.
Acabei de por 2 pedras uma em cima da outra, e criei uma escultura… O Equilibrio… vou por à venda por 15,000 €
Aqui fregueses…Eu vendo mais barato. 1000 euros cada. Pague três, leve duas de graça.