A primeira camela clonada do mundo, chamada Inyaz, que acaba de fazer seis anos, vai dar à luz a sua primeira cria no último trimestre deste ano no Dubai.
O diretor do Centro de Criação de Camelos, o cientista Nisar Ahmed Wani, explicou à agência de notícias Efe que Inyaz (que significa êxito em árabe) ficou grávida “de maneira natural”.
“Isso prova que os camelos clonados são férteis e capazes de se reproduzir como os camelos que não são clonados”, adiantou.
O especialista recordou que a clonagem de Inyaz foi feita através de células extraídas do ovário de uma fêmea adulta, que foram implantadas noutra camela.
Inyaz nasceu em 2009, depois de uma gestão que durou 378 dias, com 30 quilos. O seu ADN e as células do ovário da fêmea adulta eram idênticos, o que provou que era um verdadeiro clone do camelo original.
O êxito desta clonagem oferece uma oportunidade para preservar a genética dos camelos mais valiosos dos Emirados Árabes Unidos, que são utilizados nas corridas e na produção de leite, de acordo com os especialistas.
O Centro de Criação de Camelos adiantou que tem recebido muitas petições de clientes dos Emirados Árabes Unidos para clonar camelas destinadas à produção de leite.
Os pedidos alargam-se também aos camelos machos com boas características físicas e genéticas e àqueles que ganham corridas.
Um ano depois do nascimento de Inyaz, a 07 de abril de 2010, os cientistas do centro anunciaram que tinham clonado com êxito outro camelo, que foi o primeiro a ser reproduzido a partir de uma célula da pele.
Em fevereiro de 2005, cientistas dos Emirados conseguiram produzir o primeiro camelo proveta do mundo.
O camelo está profundamente enraizado na cultura e tradição árabe desde a época pré-islâmica e é conhecido como barco do deserto, já que graças a ele as antigas caravanas podiam atravessar as áridas terras da Península Arábica.
A clonagem é um processo que permite criar indivíduos geneticamente idênticos.
O primeiro mamífero clonado no mundo a partir de células adultas foi a ovelha Dolly, a 05 de julho de 1996, em Edimburgo, Escócia.
/Lusa