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Prestação da casa sobe até 300 euros já amanhã

Empréstimos revistos em Março vão ter aumentos consideráveis. Empréstimos às empresas caem, pela primeira vez desde 2019.

As taxas Euribor nunca apareceram tanto nas notícias como nos últimos meses.

A guerra na Ucrânia mexeu com quase tudo na economia global e essas taxas de juro na Europa têm registado recordes constantes.

As Euribor são calculadas nos empréstimos que os bancos fazem entre si e usadas depois como indexantes nos contratos financeiros.

Um dos contratos que merecem mais atenção, ou mesmo o contrato que merece mais atenção, são os empréstimos cedidos pelos bancos para a compra da casa.

O Banco Central Europeu aumentou as taxas em 300 pontos base desde o Verão passado. A taxa principal estava nos -0,5% e chegou entretanto aos 2,5%. E deve ser anunciada nova subida em Março.

Também em Março, ou seja, já a partir de amanhã (dia 1), há muitos de crédito à habitação que vão ser revistos, em Portugal.

E o portal Eco avisa que essas prestações vão subir, no mínimo, 65 euros, chegando a um aumento máximo de cerca de 300 euros por mês.

Essas alterações vão verificar-se obviamente nos contratos com taxa variável – e há quase 1.5 milhões de contratos com taxa variável em Portugal.

Como exemplo, num empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread (margem comercial do banco) de 1%, as mensalidades vão aumentar entre 66,50 euros e 302 euros.

Com taxas Euribor a 3 meses, a prestação sobe 66,50 euros e passa a ser 685 euros por mês. Nos casos da Euribor a 6 meses, a mensalidade aumenta 185 euros e chega aos 727 euros. Euribor a 12 meses: a prestação aumenta 302 euros e atinge os 762 euros mensais.

Empréstimos às empresas descem

Os empréstimos às empresas caíram no mês passado. Foi a primeira descida desde Abril de 2019, revela o Banco de Portugal.

Em Janeiro foram 74.8 mil milhões de euros cedidos pelos bancos às empresas, uma queda de 500 milhões de euros comparando com Dezembro do ano passado.

“As empresas têm mais cuidado antes de contraírem um empréstimo”, explicou  o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, igualmente no Eco.

As maiores quedas verificaram-se nas grandes e médias empresas; e na electricidade, gás, água e alojamento e restauração.

ZAP //

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