Presidente sul-coreano diz que há um “acordo de princípio” para pôr fim à Guerra da Coreia

Korea Summit Press Pool

O líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, durante a Cimeira de Panmunjom

As duas Coreias, a China e os Estados Unidos chegaram a um “acordo de princípio” para acabar com a Guerra da Coreia. O conflito terminou em 1953 com um armistício, mas nunca foi assinado um acordo de paz.

Os governos da Coreia do Sul, Coreia do Norte, China e Estados Unidos chegaram, esta segunda-feira, a um “acordo de princípio” para pôr fim à Guerra da Coreia, após mais de 70 anos de conflito.

O conflito decorreu entre 1950 e 1953, tendo sido terminado com um cessar-fogo. No entanto, nunca foi assinado um acordo de paz.

Em conferência de imprensa, o Presidente sul-coreano Moon Jae-in referiu que as negociações tinham sido travadas pela desconfiança do norte em relação às intenções dos EUA. “Agora isto vai ajudar-nos a dar início a conversações com vista à desnuclearização e à paz na península coreana”, disse, citado pelo Expresso.

Moon esteve reunido esta segunda-feira com o primeiro-ministro australiano, Scott Morrison. Na conferência de imprensa desta manhã, disse estar convicto de que a resolução diplomática da guerra poderá relançar o processo diplomático em curso entre as duas Coreias.

O Público salienta que a ideia de firmar uma acordo de paz para pôr um fim definitivo ao conflito não é nova. Em teoria, é apoiada por todas as partes.

Aliás, Moon já o tinha afirmado publicamente, incluindo no seu último discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro. Da mesma forma, a irmã do líder da Coreia do Norte, Kim Yo-jong, disse que a proposta para que a Guerra da Coreia seja terminada oficialmente era uma “ideia admirável”.

Apesar de todos parecerem estar em sintonia, é pouco provável que seja alcançado um acordo que agrade todas as partes.

Perante as dificuldades em fechar qualquer tipo de acordo sobre o programa nuclear norte-coreano, Moon está a tentar alcançar progressos para que um acordo de paz seja assinado antes do fim do seu mandato, que termina em março de 2022.

Acontece que, uma vez que não é signatária do armistício, a Coreia do Sul tem um papel secundário, podendo apenas tentar mediar um acordo entre as partes.

Uma das questões em cima da mesa que estará a complicar as negociações tem a ver com as tropas: os Estados Unidos estão presentes na Coreia do Sul e recusam-se a deixar o país antes de Pyongyang abandonar as armas nucleares.

Já a Coreia do Norte opõe-se constantemente à presença de tropas norte-americanas na Coreia do Sul; aos exercícios militares conjuntos realizados todos os anos; assim como às sanções dos EUA contra o programa de armamento do país.

Para já, as autoridades chinesas já declararam apoio à proposta. A Coreia do Sul e os Estados Unidos estão a redigir um esboço de acordo.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.