O presidente da direção da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP), Paulo Rodrigues, está entre os 11 polícias que vão a julgamento esta quarta-feira acusados de agressão a um adepto do Boavista.
O julgamento terá lugar em Guimarães, onde ocorreu a agressão, noticiou o jornal i, citado pelo Observador. O caso aconteceu há cinco anos, mas só agora foi tornado público que Paulo Rodrigues, o responsável pelo maior sindicato dos polícias, é um dos arguidos e que será julgado por isso.
Os 11 polícias, todos eles do Corpo de Intervenção do Comando Metropolitano da PSP do Porto, estão acusados do crime de ofensa à integridade física grave qualificada. A vítima, que na altura tinha 35 anos, ficou cega na sequência das alegadas agressões.
O caso é de 03 de outubro de 2014, quando o Vitória de Guimarães recebeu o Boavista, e os 11 arguidos estavam destacados para zelarem pela segurança num jogo de futebol em Guimarães. Segundo a acusação, um dos polícias terá derrubado o adepto e, juntamente com outros dois polícias, terão agredido João Freitas. Os outros oito elementos da Polícia no banco dos réus terão feito um círculo à volta do local da agressão impedindo o recurso.
Poucos meses depois da agressão, Paulo Rodrigues esteve no programa Sexta às 9, da RTP, juntamente com a vítima, mas sem revelar que fazia parte do grupo suspeito que tinha estado envolvido na agressão. No programa denunciava-se um alegado pacto de silêncio dentro da PSP usando, como exemplo, uma outra agressão em Guimarães, neste caso a uma equipa de adeptos do Benfica.