O presidente do Comité Olímpico do Brasil, Carlos Arthur Nuzman, foi hoje detido por alegada participação na compra de votos com vista à eleição do Rio de Janeiro para sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
A polícia brasileira indicou, em comunicado, que o presidente do COB, de 75 anos, enfrenta acusações de “corrupção, branqueamento de capitais e participação em organização criminosa”.
Carlos Arthur Nuzman, que foi também presidente do comité organizador dos Jogos Rio2016, foi detido em casa, no Leblon, na zona sul da cidade, no âmbito da operação designada Unfair Play, ramificação da Lava Jato, noticia hoje a comunicação social brasileira.
Em setembro, as autoridades judiciais pediram o arresto de mil milhões de reais (271,2 milhões de euros ao câmbio atual) do património do empresário Arthur Cesar Soares de Menezes Filho, sódio de Nuzman, por implicação na compra votos no processo de eleição do Rio de Janeiro.
De acordo com o Ministério Público Federal, a prisão preventiva de Nuzman e Gryner é importante para permitir que o património seja bloqueado e para impedir que ambos continuem a actuar, seja criminosamente, seja na investigação.
Segundo o MPF, nos últimos 10 dos 22 anos de presidência do COB, Carlos Arthur Nuzman ampliou o seu património em 457%, sem indicação clara de seus rendimentos, além de manter parte de seu património oculto na Suíça.
De acordo com a investigação, o presidente do COB, de 75 anos, integrava “um esquema altamente sofisticado e de âmbito internacional”, o que levou as autoridades brasileiras a pedirem a cooperação de outros países, designadamente, Antígua e Barbuda, França, Estados Unidos e Inglaterra.