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Presidente da Federação Espanhola de Futebol paga fiança e sai em liberdade

Sebastien Nogier / EPA

Ángel María Villar, presidente da Real Federação Espanhola de Futebol

O presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) e o seu filho vão deixar, esta terça-feira, a prisão de Soto del Real, em Madrid, depois de pagar fianças de 300 mil e 150 mil euros, respetivamente.

Fontes da Audiência Nacional espanhola informaram que tanto Ángel María Villar, como o seu filho Gorka Villar, já depositaram os valores das fianças esta manhã, por isso, o juiz responsável pelo caso, Santiago Pedraz, determinou que podem sair em liberdade.

Pedraz determinou ainda uma fiança de 300 mil euros para o vice-presidente da RFEF, Juan Padrón, também afastado do cargo. Fontes consultadas pela agência EFE confirmaram que este também já fez a transferência e deve deixar a prisão em breve.

O magistrado estabeleceu as fianças por considerar que não existe risco de fuga dos acusados. No entanto, Villar e o seu filho terão de comparecer semanalmente nos tribunais mais próximos das suas casas, entregar os passaportes e utilizar um telemóvel específico para que a Justiça seja capaz de os localizar a qualquer momento.

Presidente da RFEF durante 29 anos, Villar foi detido no passado dia 18 de julho, assim como o seu filho. Segundo o juiz, há motivos suficientes para acreditar que ambos são responsáveis pelos crimes de administração desleal, apropriação indevida de fundos, fraude, falsificação de documentos e corrupção entre particulares.

“Villar presumivelmente estabeleceu uma rede de nepotismo que permitiu o desvio de milhões, tanto de recursos públicos como privados da entidade federativa”, afirmou o juiz.

Pelo menos desde 2009, o dirigente terá usado várias empresas para desviar dinheiro. Além disso, contratou vários familiares e ainda concedeu vários contratos de prestação de serviços para pessoas próximas ou parentes.

O filho de Villar terá sido o maior beneficiado deste esquema, segundo o juiz. A sua empresa cobrou diferentes valores para prestar assessoria jurídica, possivelmente irregular, em partidas disputadas pela seleção espanhola.

ZAP // EFE

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