Presidente argentino com teste positivo apesar de ter sido vacinado

(h) EPA

O presidente argentino Alberto Fernandez na visita à empresa de biotecnologia Inmunovaa

O Presidente da Argentina, Alberto Fernández, que completou a vacinação contra a Covid-19, anunciou que teve resultado positivo num teste rápido de antigénio para deteção do SARS-CoV-2, tendo decidido isolar-se preventivamente.

“Queria contar-lhes que, ao final do dia de hoje, quando apresentei um registo de febre de 37,3º e uma leve dor de cabeça, fiz um teste de antigénio, cujo resultado foi positivo”, escreveu o chefe de Estado na rede social Twitter, esta madrugada.

O Presidente argentino, que festejou 62 anos na sexta-feira, uma hora antes do anúncio, acrescentou que, apesar de aguardar ainda a confirmação do teste PCR, decidiu isolar-se preventivamente, “cumprindo o protocolo vigente e seguindo as indicações do [seu] médico pessoal”, mas garantiu que está bem.

“Encontro-me bem fisicamente e, ainda que tivesse gostado de terminar o dia do meu aniversário sem esta notícia, também estou bem de ânimo”, escreveu.

Fernández recebeu a primeira dose da vacina russa Sputnik-V em 21 de janeiro, tendo posteriormente completado o esquema de vacinação com a segunda toma.

O centro russo responsável pela criação da vacina Sputnik V lamentou que o Presidente da Argentina tenha dado positivo para a Covid-19 e desejou-lhe uma recuperação rápida.

“Estamos tristes com o sucedido. A ‘Sputnik V’ é 91,6% eficaz contra infeções e 100% eficaz contra casos graves. Se a infeção for confirmada, a vacinação garante uma recuperação rápida sem sintomas graves”, escreveu o Centro Gamaleya de Microbiologia e Epidemiologia do Ministério da Saúde da Rússia na rede social Twitter.

“Desejamos uma recuperação rápida!”, acrescenta o Centro Gamaleya, na mesma mensagem, depois de Fernández ter anunciado o seu possível contágio.

A Argentina, com uma população de 45 milhões de habitantes, começou a campanha de vacinação contra a Covid-19 em finais de dezembro.

O Governo argentino decidiu dar prioridade à administração da primeira dose do fármaco, tendo para isso diferido a segunda dose durante três meses, para todos os tipos de vacinas, segundo a agência de notícias espanhola Efe.

Desde o início da pandemia, a Argentina contabilizou mais de 2,3 milhões de casos confirmados e cerca de 56 mil mortes, de acordo com a contagem da universidade norte-americana Johns Hopkins.

O país registou um pico de contágios em 21 de outubro último, com 18.326 casos, tendo o número de infeções baixado até março, altura em que começou a atual curva ascendente.

// Lusa

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