A mulher de Lula da Silva, conhecida por Janja, foi condecorada por Marcelo Rebelo de Sousa na recente visita do Presidente do Brasil a Portugal. Uma condecoração polémica que a Presidência Portuguesa vem agora explicar.
Rosangela da Silva, familiarmente conhecida por Janja, foi condecorada pelo Presidente de Portugal aquando da recente visita do homólogo brasileiro a Portugal.
A socióloga recebeu uma das mais altas distinções do país, designadamente a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique que distingue “serviços relevantes a Portugal ou na expansão da cultura portuguesa”.
Depois das críticas que surgiram a esta iniciativa, o Palácio de Belém explica, numa nota enviada à comunicação social, que é uma tradição condecorar os cônjuges dos chefes de Estado estrangeiros que fazem visitas de Estado a Portugal.
“A Primeira Dama do Brasil seria assim condecorada, independentemente do seu curriculum e de quem fosse o Presidente eleito do Brasil, mas por ser cônjuge do Chefe de Estado, tal como o foram, por exemplo, as esposas dos Presidentes Juscelino Kubitschek ou Fernando Collor de Mello”, aponta esta nota de imprensa emitida pelo gabinete de Marcelo Rebelo de Sousa.
A Presidência ainda sublinha que Marcelo Rebelo de Sousa “é o Presidente eleito depois da Constituição de 1976 que menos condecorações atribuiu até agora“.
“Marcelices” e “subserviência”
A distinção atribuída a Janja causou polémica em Portugal, mas também no Brasil.
Por cá, o jornalista João Miguel Tavares considerou a condecoração de Janja como “aquilo a que tecnicamente se chama uma “marcelice”“, conforme apontou no seu espaço de opinião no Público. ““Marcelices” são gestos gratuitos ou insensatos”, escreveu ainda.
Já André Ventura, líder do Chega, definiu o gesto de Marcelo como um sinal de “idiotice e subserviência”. “Atribuir uma das Ordens Honoríficas mais importantes à mulher do Presidente brasileiro só porque sim?”, questionou numa publicação no Twitter.
“Qual foi o serviço enorme prestado à nação? Banalizar a nação e os seus símbolos é um sinal evidente de decadência”, apontou ainda o deputado do partido de extrema-direita.
A nossa idiotice e subserviência não têm limites! Atribuir uma das ordens honoríficas mais importantes à mulher do Presidente brasileiro só porque sim? Qual foi o serviço enorme prestado à Nação?
Banalizar a Nação e os seus símbolos é um sinal evidente de decadência! pic.twitter.com/xewnHuLyzA— André Ventura (@AndreCVentura) April 24, 2023
A condecoração também teve eco no Brasil, onde o deputado federal Junio Amaral lamentou que “Janja foi até Portugal para gastar dinheiro em lojas de luxo” e que “esse foi o ‘serviço relevante’ que ela prestou ao país”. Um comentário no Twitter que faz referência à compra de uma gravata para Lula que Janja adquiriu numa loja de luxo em Lisboa, como foi reportado pelos média brasileiros.
Janja foi até Portugal para gastar dinheiro em lojas de luxo. Esse foi o “serviço relevante” que ela prestou ao país. Enquanto isso, o brasileiro médio é taxado em sites econômicos. pic.twitter.com/kokyDdAgeM
— Junio Amaral (@cabojunioamaral) April 23, 2023
Nas redes sociais, criou-se inclusive a terminologia “esbanjanja” numa referência às alegadas compras da primeira-dama brasileira em Portugal. Além da gravata, diz-se que também terá adquirido móveis e um colchão para o Palácio do Planalto.
Não sei quantas mulheres “prestaram serviços” a Lula da Silva mas seria interessante o Tio Celito sabê-lo para as condecorar pelo “sacrifício” de serem concubinas de tal figura de realce… Não entendo é porque têm de ser condecoradas em Portugal onde nunca prestaram qualquer serviço e muito menos de tal marcélica grandiosidade! E os Portugueses que tendo prestado serviços realmente relevantes e têm sido esquecidos?
Também não será de excluir a intenção de “facilitar” a vidinha do Celito Filho que trabalha em construções do Lula…
Acho que a família de Janja devia ser toda condecorado, até o ex marido Prof Marco Aurélio Monteiro Pereira, considerado reacionário!…..