Presidência Portuguesa explica condecoração a Janja, mulher de Lula

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José Sena Goulão / EPA

Marcelo Rebelo de Sousa segura na mão de Janja enquanto ela sorri, com a cabeça inclinada para trás e os olhos fechados, e Lula da Silva observa ao lado.

Marcelo Rebelo de Sousa a receber Lula da Silva e a mulher, Janja, na visita a Portugal.

A mulher de Lula da Silva, conhecida por Janja, foi condecorada por Marcelo Rebelo de Sousa na recente visita do Presidente do Brasil a Portugal. Uma condecoração polémica que a Presidência Portuguesa vem agora explicar.

Rosangela da Silva, familiarmente conhecida por Janja, foi condecorada pelo Presidente de Portugal aquando da recente visita do homólogo brasileiro a Portugal.

A socióloga recebeu uma das mais altas distinções do país, designadamente a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique que distingue “serviços relevantes a Portugal ou na expansão da cultura portuguesa”.

Depois das críticas que surgiram a esta iniciativa, o Palácio de Belém explica, numa nota enviada à comunicação social, que é uma tradição condecorar os cônjuges dos chefes de Estado estrangeiros que fazem visitas de Estado a Portugal.

“A Primeira Dama do Brasil seria assim condecorada, independentemente do seu curriculum e de quem fosse o Presidente eleito do Brasil, mas por ser cônjuge do Chefe de Estado, tal como o foram, por exemplo, as esposas dos Presidentes Juscelino Kubitschek ou Fernando Collor de Mello”, aponta esta nota de imprensa emitida pelo gabinete de Marcelo Rebelo de Sousa.

A Presidência ainda sublinha que Marcelo Rebelo de Sousa “é o Presidente eleito depois da Constituição de 1976 que menos condecorações atribuiu até agora“.

“Marcelices” e “subserviência”

A distinção atribuída a Janja causou polémica em Portugal, mas também no Brasil.

Por cá, o jornalista João Miguel Tavares considerou a condecoração de Janja como “aquilo a que tecnicamente se chama uma “marcelice”“, conforme apontou no seu espaço de opinião no Público. ““Marcelices” são gestos gratuitos ou insensatos”, escreveu ainda.

André Ventura, líder do Chega, definiu o gesto de Marcelo como um sinal de “idiotice e subserviência”. “Atribuir uma das Ordens Honoríficas mais importantes à mulher do Presidente brasileiro só porque sim?”, questionou numa publicação no Twitter.

“Qual foi o serviço enorme prestado à nação? Banalizar a nação e os seus símbolos é um sinal evidente de decadência”, apontou ainda o deputado do partido de extrema-direita.

A condecoração também teve eco no Brasil, onde o deputado federal Junio Amaral lamentou que “Janja foi até Portugal para gastar dinheiro em lojas de luxo” e que “esse foi o ‘serviço relevante’ que ela prestou ao país”. Um comentário no Twitter que faz referência à compra de uma gravata para Lula que Janja adquiriu numa loja de luxo em Lisboa, como foi reportado pelos média brasileiros.

Nas redes sociais, criou-se inclusive a terminologia “esbanjanja” numa referência às alegadas compras da primeira-dama brasileira em Portugal. Além da gravata, diz-se que também terá adquirido móveis e um colchão para o Palácio do Planalto.

ZAP //

2 Comments

  1. Não sei quantas mulheres “prestaram serviços” a Lula da Silva mas seria interessante o Tio Celito sabê-lo para as condecorar pelo “sacrifício” de serem concubinas de tal figura de realce… Não entendo é porque têm de ser condecoradas em Portugal onde nunca prestaram qualquer serviço e muito menos de tal marcélica grandiosidade! E os Portugueses que tendo prestado serviços realmente relevantes e têm sido esquecidos?
    Também não será de excluir a intenção de “facilitar” a vidinha do Celito Filho que trabalha em construções do Lula…

  2. Acho que a família de Janja devia ser toda condecorado, até o ex marido Prof Marco Aurélio Monteiro Pereira, considerado reacionário!…..

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