O prémio Nobel da Física foi hoje atribuído aos investigadores Isamu Akasaki, Hiroshi Amano (Japão) e Shuji Nakamura (Estados Unidos), pela invenção do díodo eletroluminescente (LED) azul, anunciou hoje o júri em comunicado.
Os consagrados foram reconhecidos pela invenção desta tecnologia, que permite significativas poupanças de energia.
O comité Nobel justifica a atribuição do prémio pela invenção de uma nova forma de iluminação mais eficiente e amiga do ambiente: “A invenção das lâmpadas LED trouxe alternativas mais eficientes e duradouras às fontes de iluminação tradicionais”.
“Quando Isamu Akasaki, Hiroshi Amano e Shuji Nakamura produziram os feixes de luz azul a partir de semi-condutores no início dos anos 1990, desencadearam uma transformação essencial na tecnologia de iluminação”, sublinhou a academia sueca.
Isamu Akasaki dá aulas na Universidade de Meijo e Hiroshi Amano pertence à Universidade de Nagoya, as duas no Japão. Shuji Nakamura trabalha na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos.
ZAP // Lusa
Só agora (30-1-2017) é que li esta “notícia”, e, para meu espanto, ninguém comentou o erro que transmite: estes cientistas NÂO inventaram o LED, pois este já existe desde a década de 60 do séc. XX! O que estes cientistas inventaram foi o LED azul – e foi isto que lhes valeu (e muito bem) o Prémio Nobel!
Convém ter mais cuidado com as simplificações jornalísticas, pois podem induzir em erro (ou será mentir?) a quem não está minimamente dentro destes assuntos.
Caro António Ramos Boavida
Obrigado pelo seu reparo. A nossa fonte (Lusa) referia apenas LED, tal como a generalidade das fontes que pudemos agora consultar. No entanto, foi-nos possível confirmar que a distinção é referente à invenção das lâmpadas LED azuis, e que o LED, apesar de se ter popularizado este século, é dos anos 60 do anterior.
No nosso caso, o erro não foi uma simplificação jornalista, foi mesmo o redator “não estar minimamente dentro destes assuntos”. Infelizmente, acontece. E nunca nos passaria pela cabeça “mentir”.
Como dizia Napoleão, nunca se deve atribuir à conspiração o que puder ser explicado mais facilmente pela simples incompetência.