Só passaram duas semanas, mas a Anacom já nota a reação das outras operadoras à chegada da Digi. Preços e fidelizações podem diminuir já no próximo ano.
A Presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) confirma a possibilidade de os preços das telecomunicações caírem até 7% no próximo ano, semanas depois da chegada da nova operadora Digi ao mercado.
Em entrevista ao Jornal de Negócios e Antena 1, Sandra Maximiano garante que “é natural que os operadores existentes não fiquem de braços cruzados” e que possivelmente vamos assistir, por exemplo, a uma redução dos períodos de fidelização.
“É possível” que os preços desçam 7% a médio prazo, diz a dirigente. “Os 7% não são irrealistas. Se calhar mais que 7% parece-me demasiado já no próximo ano, mas parece-me uma estimativa razoável”.
“A Digi entra no mercado dirigindo-se a um público específico, mais jovem, nomeadamente pessoas e famílias em que se quer um segundo ou um terceiro telefone, em que podem acumular dois operadores, por exemplo. Há essa necessidade e obviamente existe a opção dos outros operadores em tentarem captar este nicho de mercado“, explica a dirigente, que não deixa de abordar as “dificuldades” da romena recém-chegada a Portugal.
“A Digi instalou uma rede por todo o país, mas ainda tem algumas dificuldades de ligação em determinadas zonas do território ou nalguns locais, por exemplo, no metro de Lisboa. Para uma pessoa que precisa estar conectado sem qualquer quebra de serviço, se calhar isso é uma preocupação grande“, adianta.
Sobre a velocidade dos serviços da Digi, avança que a Anacom ainda está “em análise”, mas adianta estar “atenta” às crescentes “chamadas de atenção” por parte de outras operadoras para os serviços da nova operadora.
“Tem havido agora também uma chamada de atenção dos operadores para alguns aspetos que possam ser mais ou menos regulares na atuação da Digi, aos quais estamos atentos”, sublinha.
Caso o desempenho da Digi seja bem-sucedido, poderá sem dúvida atrair novos operadores, explica Sandra Maximiano, especialmente após 2030, quando terminam alguns direitos de utilização de faixas de 5G.
A nova dinâmica do mercado pode também tornar a Tarifa Social da Internet menos relevante, já que as ofertas da Digi poderão ultrapassar os benefícios dessa tarifa, criada para facilitar o acesso à Internet.
Anacom cobrou taxas ilegalmente e tem de devolver 400 milhões de euros
Em pleno debate sobre o Orçamento do Estado, a Presidente da Anacom sugere também a revisão do imposto aplicado às telecomunicações, numa altura em que as taxas cobradas pela autoridade das telecomunicações foram consideradas inconstitucionais pelo Tribunal Constitucional.
A decisão judicial obriga a ANACOM a devolver 400 milhões de euros às operadoras, mas está em análise uma solução jurídica que poderá reduzir este valor para metade. Para 2024, a solução poderá envolver a aprovação de uma lei ou decreto-lei que permita a cobrança das taxas enquanto se adapta o enquadramento legal.
Sem poder cobrar taxas, a “Anacom fica em situação difícil”, garante a dirigente.
Em 2023 a Anacom teve uma quebra do lucro de quase 80%, com 10,8 milhões de euros de resultado. O resultado deste ano “é uma incógnita”, diz Maximiano: “depende do cenário, de como nos vamos financiar”.
“Devolver 400 milhões às operadoras”????
A quem foi que as operadoras cobraram esse valor?
Pois! Pois é! O dinheiro deve ser devolvido aos clientes que as pagaram (pagam sempre!). As operadoras podem recebê-lo mas em cada factura de cada cliente tem lá descriminado o valor das taxas que foi cobrado e que, agora deve ser devolvido aos consumidores EM DINHEIRO ou transferência bancária.
Se assim se proceder, as operadoras ainda ficam a lucrar com o dinheiro daqueles que, entretanto, saíram do país ou que morreram (a não ser que os herdeiros se dêem ao trabalho de reclamar a herança).
Cartel sobre brasas, ANACOM a ter de devolver dinheiro(400M?!), preços a baixarem e ofertas, mesmo para antigos clientes.??? TOTAL DIGI EFFECT!Por tudo isto e o que ainda virá: OBRIGADO DIGI!!!!