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Cientistas a um passo de clonar o potro siberiano extinto há mais de 42.000 anos

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North East Federal University

No ano passado, uma equipa de cientistas encontrou um potro com 42.170 anos na gigante cratera siberiana de Batagaika, também conhecida como o “Portão do Inferno”. Os especialistas, que encontraram o animal congelado no permafrost, acreditam ser possível cloná-lo e dizem estar cada vez mais perto de o fazer.

De acordo com o The Siberian Times, os cientistas que estão a estudar um possível processo de clonagem estão “confiantes” e acreditam que o animal mumificado poderia ajudar a trazer à vida uma espécie pré-histórica de cavalo já extinta.

O pequeno potro ficou conservado em condições tão perfeitas que a equipa de cientistas russos e sul-coreano, liderada pelo especialista Hwang Woo-suk, acredita ser possível extrair células dos restos do animal, permitindo depois clonar a espécie.

Contudo, este não é o único projeto de clonagem em que estão envolvido: a equipa, que trabalha à meses na cidade russa de Yakutsk – a cidade mais fria do planeta – pretende também recuperar células de um mamute lanoso.

“As células são cultivadas num meio nutritivo especial. Inicialmente, o material é triturado e colocado numa incubadora de CO2 durante alguns dias”, explicou a especialista russa Elena Grigórieva. “Três a quatro dias depois, as células são verificadas e o meio nutriente é substituído”, acrescentou.

Só no último mês, o processo foi testado mais de vinte vezes. “Há sete cientistas do lado sul-coreano e todos estão otimistas com o resultado”, afirmou.

“O primeiro mês de trabalho em Yakutia não foi um sucesso”, admitiu a North-Eastern Federal University em comunicado, mas os cientistas “estão a fazer mais tentativas para desenvolver uma célula que será a chave para clonar o potro”, assegurou .

“Os cientistas estão confiantes no sucesso do projeto”, disse uma fonte da universidade russa onde o projeto está a ser desenvolvido.

Os cientistas discutem agora qual variedade equina será utilizada para clonar a espécie extinta. A chave para sucesso, segundo explicou Grigórieva, passará por selecionar uma espécie de cavalo na qual já se tenham implementado uma clonagem bem sucedida.

“O cavalo coreano servirá perfeitamente“, afirmou. “[Esta espécie] já foi utilizada num processo de clonagem e a tecnologia foi perfeita. Além disso, o cavalo coreano é também bastante antigo, é um sucessor do mongol”, rematou.

“Felizmente, o mundo vai encontrar em breve o clone de um potro antigo que viveu há 42.000 anos”, afirmou Michil Yakovlev, do departamento de comunicação da universidade.

ZAP //

1 Comment

  1. Meus caros senhores: No terceiro parágrafo “a equipa, que trabalha à meses…” – Não seria melhor “há meses”??? – Vá lá, é verbo haver!…

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