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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC) entregou um novo pré-aviso de greve na Portway, desta vez ao trabalho suplementar, banco de horas e fins-de-semana, entre 1 de janeiro e o final de março.
Em declarações à agência Lusa, Fernando Simões, dirigente do SINTAC, deu conta desta nova paralisação, depois da greve marcada para 27, 28 e 29 de dezembro, por entre críticas à atuação da empresa de handling em aeroportos (assistência em terra).
“Tivemos contactos de alguns ex-trabalhadores que estiveram este verão ao serviço da Portway e, como sempre, tendo em conta a sazonalidade do verão IATA, foram dispensados entre o final de setembro e início de outubro, e que nos disseram que a Portway está a ligar-lhes na tentativa de fazer contratos de dez dias, a começar por volta de 21, 22 de dezembro”, indicou Fernando Simões.
Para o SINTAC, isto é uma “tentativa clara de substituir grevistas”, sendo que, de acordo com o dirigente associativo, a contratação de trabalhadores em cima da hora pode ter impactos a nível da segurança.
Fernando Simões garantiu que “nos aeroportos nacionais um trabalhador para renovar ou pedir um cartão tem que entregar a sua documentação necessária para fazer o procedimento todo e demora 30 dias”. E questiona: “Como é que se chama pessoas nestas condições? Que segurança é esta?”. A Lusa contactou a Portway e aguarda resposta.
Sobre a greve antes do fim de ano, Fernando Simões referiu, na altura, que, “se a empresa atender à reivindicação e cumprir”, ou seja, apresentar-se junto do “Ministério do Trabalho e assinar um documento em que diz que até ao final do ano regulariza a situação das pessoas que devia ter regularizado em 2019”, a greve será desconvocada.
// Lusa