Portugueses entre os mais conhecedores de cibersegurança; um aspecto que está em declínio, no geral.
O conhecimento sobre privacidade online e sobre cibersegurança está a cair, no geral. Mas Portugal está no topo dos que mais sabem sobre cibersegurança.
Estas são conclusões do estudo realizado pela companhia de cibersegurança NordVPN. O inquérito chegou a mais de 26 mil pessoas em 175 países.
No global, verifica-se que o conhecimento dos inquiridos sobre o assunto caiu ligeiramente para 61% neste ano. Em 2022 o resultado foi 64%.
Mas os portugueses são dos melhores do mundo em termos de conhecimento de privacidade online e cibersegurança.
Neste teste com 22 perguntas, os portugueses conseguiram pontuação média de 62%.
A melhor pontuação, olhando apenas para os países que tiveram no mínimo 100 participantes, é a da Polónia, com 65%.
À frente de Portugal, além da Polónia, estão apenas Estados Unidos da América, Alemanha e Singapura (64%), Finlândia e Lituânia (63%).
Portugal está para já no 7.º lugar, tendo noção de que estes dados ainda estão a ser actualizados.
74% reconheceram diversos perigos online e souberam como evitá-los, o que fazer – esta foi a melhor pontuação dos portugueses inquiridos.
A pior (51%) foi no “dia-a-dia digital”, em questões relacionadas com comportamentos e ferramentas de segurança online.
Segundo este estudo, a grande maioria dos portugueses (98%) sabe criar palavras-passe fortes.
Também acima dos 90% ficaram outros critérios: conhecer os riscos de guardar informações relativas a cartões de crédito no navegador, lidar com ofertas suspeitas de serviços de streaming e que informação sensível devem evitar partilhar nas redes sociais.
No outro extremo, só 3% dos portugueses conhecem ferramentas online que protegem a privacidade digital.
Além disso, apenas 10% sabem quais são as informações que os provedores de Internet (ISPs) obtêm como parte de metadados.
E apenas um terço dos portugueses está a par da importância de ler os termos de serviços de aplicações e serviços online.
Dicas de segurança
Marijus Briedis, director de tecnologia (CTO) da NordVPN, deixou sugestões para cada utilizador aumentar a privacidade e segurança da sua presença online.
O primeiro passo é criar palavras-passe fortes e únicas. O segundo é utilizar autenticação de múltiplos factores (exemplo: código único enviado para o telemóvel, em conjunto com a palavra-passe).
Depois, actualizar o software com regularidade, usar sempre uma rede virtual privada (VPN).
E, ainda, analisar e ajustar as definições de privacidade nas redes sociais, aplicações móveis, e outros serviços online. É essencial limitar o acesso a dados pessoais e optar pelo número mínimo de permissões.