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Portuguesas envolvidas em casamentos por conveniência e bigamia no Reino Unido

Em apenas dois dias, uma portuguesa foi condenada por bigamia e outra presa por suspeita do mesmo crime devido ao envolvimento em casamentos por conveniência com imigrantes ilegais nigerianos no Reino Unido.

Tânia Aniceto, de 25 anos, foi condenada a 18 de outubro a quatro anos de prisão por bigamia e por auxílio à imigração ilegal no Reino Unido após casar com quatro nigerianos no espaço de dois anos. Durante o julgamento confessou que cobrava 470 euros por cada casamento.

A portuguesa só foi apanhada porque o seu nome e outro falso que também usava, Sandra Monteiro, levantaram suspeitas pois apareciam repetidos nas candidaturas dos homens para obter autorização de residência.

Dois dias antes, a 16 de outubro,  outra portuguesa de 22 anos, cuja identidade não foi revelada, foi detida em flagrante no norte de Londres, a casar com um imigrante nigeriano de 32 anos, aguardando agora julgamento.

Segundo relata o JN na sua edição de hoje, nos últimos meses, várias portuguesas foram apanhadas pelas autoridades em casamentos de conveniência: em setembro, Naydyne Botelho, de 27 anos, e Cátia Lima, de 32 anos, foram condenadas a 12 meses e 16 meses de prisão, respetivamente, por tentarem casar com dois homens do Bangladesh.

Em abril, Salomé Almeida, de 22 anos, foi condenada a 12 meses de prisão. Noivo: paquistanês. Dote: 1.500 euros.

 

Projecto de lei britânico quer combater casamentos por conveniência

O projecto de lei para regular a imigração no Reino Unido actualmente em debate no parlamento pretende reduzir o risco de casamentos por conveniência para facilitar a imigração ilegal, um crime pelo qual muitos portugueses têm sido condenados.

Um casamento é considerado por conveniência quando um cidadão não europeu casa com outro de um país da União Europeia com a intenção de obter um visto de residência de longa duração, bem como o direito de trabalhar e reclamar apoios sociais.

Actualmente, os noivos têm de entregar os papéis para o casamento 15 dias antes na igreja ou conservatória do registo civil, cujos dados serão afixados em edital, mas o governo quer estender este período para 28 dias e, em alguns casos, par 70 dias.

ZAP/Lusa

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