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Portuguesa desmembrada em França: Polícia suspeita da máfia dos passaportes

A emigrante portuguesa que foi encontrada morta e desmembrada em França, pode ter sido vítima da chamada “máfia dos passaportes”. Diana Santos terá casado com um cidadão marroquino, num casamento arranjado, pouco tempo antes de ter sido assassinada.

As autoridades francesas continuam a investigar a morte da emigrante portuguesa Diana Santos, de 40 anos, que vivia no Luxemburgo. O seu corpo foi encontrado desmembrado, sem cabeça, sem braços e sem pernas, junto a um edifício abandonado em França, na fronteira com o Luxemburgo.

Os contornos do crime são ainda um mistério, mas a polícia francesa está a seguir a pista da “máfia dos passaportes”, como apurou o Correio da Manhã (CM).

Estão em causa redes criminosas que organizam casamentos arranjados para cidadãos árabes com mulheres europeias, de modo a obterem a nacionalidade e, assim, a conseguirem movimentar-se mais facilmente na Europa.

O esquema envolve muito dinheiro e “grupos perigosos” que estão dispostos a tudo para manter o fluxo dos euros, como realça o CM.

Assim, a polícia acredita que o corpo de Diana Santos foi abandonado num local onde pudesse ser “facilmente encontrado” para dar um “sinal” a outras mulheres envolvidas no esquema.

“Mataram Diana noutro local, cortaram-lhe a cabeça, os braços e as pernas ao nível dos joelhos” e “deixaram as tatuagens para que pudesse ser identificada”, aponta o CM, concluindo que se tratará de um aviso a outras mulheres, para que entendam que “quem comete ‘erros’ morre”.

Esta teoria surge porque Diana Santos terá dito à família que vive em Portugal, que ia casar com um homem por dinheiro, segundo refere o CM.

A emigrante terá levado a Vila do Conde, onde a família reside, no Verão passado, um cidadão marroquino que terá apresentado como namorado. Mas terá, na altura, referido que ia casar com outro homem, também marroquino, por dinheiro.

A polícia francesa também está a investigar a possibilidade de o crime estar relacionado com tráfico de droga, uma vez que o local onde o corpo foi encontrado “pertence aos traficantes”, segundo revelou um português que mora na zona ao CM.

Entretanto, o irmão de Diana Santos acredita que esta “já está morta há muito”, contando ao CM que a família tem detectado que “alguém anda a mexer nas páginas” dela nas redes sociais, designadamente no Facebook.

“A família suspeita que o telemóvel da emigrante pode estar na posse do responsável pelo crime”, avança o mesmo jornal.

O filho de Diana Santos deixou uma mensagem de despedida à mãe nas redes sociais. “Minha rainha, até um dia, descansa em paz que a justiça será feita”, escreveu o jovem de 22 anos que vive em Vila do Conde com a família materna.

ZAP //

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