O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) português anunciou que os consulados gerais de Estrasburgo e do Luxemburgo estão a acompanhar “com especial atenção” o caso da emigrante portuguesa que foi encontrada morta e desmembrada em França.
O corpo da portuguesa, identificada como Diana Santos e como residente no Luxemburgo há cerca de cinco anos, foi encontrado por um adolescente de 16 anos nas traseiras de um edifício abandonado em Mont-Saint-Martin, na fronteira de França com o Luxemburgo.
Estava desmembrado, com a cabeça decapitada, os braços e parte das pernas cortados. O Correio da Manhã (CM) avança que “algumas partes do corpo não foram encontradas” ainda.
As investigações decorrem para tentar perceber os contornos do crime. Os indícios apontam que a mulher não terá sido desmembrada no local onde o seu cadáver foi encontrado.
Entretanto, vídeos com o corpo desmembrado de Diana Santos terão sido divulgados em redes sociais como o WhatsApp e o Snapchat, em França e no Luxemburgo, segundo apurou o CM.
Diana Santos teria acabado de casar
Diana Santos tinha 40 anos, era natural de Porto e residia na zona de Diekirch, no Luxemburgo, onde trabalhava como empregada de balcão, segundo informações do jornal luxemburguês em língua portuguesa Contacto.
Deixa órfão um filho de 22 anos que vive em Vila do Conde com a família materna.
O pai de Diana Santos conta ao Contacto que a filha “cantava muito bem” e que era “uma estrela do karaoke”.
Fontes contactadas pelo CM revelam que ela terá casado com um cidadão marroquino no dia 18 de Setembro, isto é, apenas um dia antes de o seu corpo ter sido encontrado em França. Contudo, a família alega que Diana Santos já teria casado há algumas semanas.
“Foi uma surpresa para todos. Ninguém percebeu o que a levou a casar assim de repente“, refere ao CM uma amiga de Diana Santos.
“Ela andava com pessoas de quem eu não gostava e eu disse-lhe isso mesmo”, diz ao mesmo jornal um antigo companheiro da emigrante portuguesa que conclui que “quem fez isto queria-lhe muito mal”.
Irmão tem “coisas importantes a dizer” à polícia
Entretanto, o irmão de Diana, Vítor Santos que reside em Vila do Conde, garante ao Contacto que tem “coisas importantes a dizer” às autoridades.
“Quero que a polícia entre em contacto comigo. Estou disponível para ir ao Luxemburgo”, nota Vítor Santos, frisando que já foi contactado pelos consulados deste país e de França, mas que não recebeu qualquer chamada das autoridades.
“Quero que a polícia judiciária de Portugal, de França e do Luxemburgo entrem em contacto comigo com o máximo de urgência possível“, acrescenta, pedindo “justiça”.
“Qualquer suspeita, qualquer dúvida, investiguem, para aliviar o coração da nossa família“, desabafa Vítor Santos.
O MNE já indicou à Lusa que o apoio que está a ser prestado pelos consulados gerais de Estrasburgo e do Luxemburgo foi “activado na sequência de contacto da família com o Gabinete de Emergência Consular”.
ZAP // Lusa