A primeira experiência de vídeo-árbitro em Portugal vai acontecer no jogo do próximo domingo entre Benfica e SC Braga.
O árbitro Jorge Sousa foi o escolhido para ser o vídeo-árbitro da Supertaça Cândido de Oliveira que vai ser disputada, este domingo, entre o Benfica e SC Braga.
Esta é a primeira experiência da nova tecnologia no futebol português e vai ser feita com a ajuda do antigo árbitro e vice-presidente do Conselho de Arbitragem da FPF, João Ferreira, que vai estar na bancada durante o encontro.
“Estamos numa fase de testes e este é, garantidamente, o primeiro jogo. Portanto, este é um teste em ‘off’ cuja equipa de arbitragem que vai dirigir o jogo da Supertaça não vai ter qualquer ligação, qualquer contributo e vai dirigir como se não houvesse este teste”, afirmou na conferência de imprensa de apresentação da introdução da tecnologia.
O ex-árbitro explicou ainda que a introdução do vídeo-árbitro nas competições portuguesas será apenas um apoio ao juiz principal nas decisões cruciais dos jogos.
“É uma ferramenta que vai ajudar o árbitro a tomar as decisões e estamos a falar de decisões cruciais. O objetivo deste vídeo-árbitro não é corrigir o árbitro, longe disso. O árbitro é o único decisor no jogo e vai continuar a ser assim”, continuou.
João Ferreira explicou que este novo apoio servirá para quatro tipos de lance: “grande penalidade, situações de golo, se a bola entra ou não entra, expulsões, se é cartão vermelho e, o quarto pilar, a má identificação jogador”.
Relativamente à primeira fase de experimentação nas provas portuguesas, o vice-presidente assegurou que estará presente numa dezena de encontros e, numa segunda, já em ‘on’ com mais encontros.
“Vai acontecer na Taça de Portugal, neste jogo da Supertaça e depois nos quartos de final e meias-finais [da prova rainha]. Estão previstos 10 jogos para esta época. No segundo ano, alguns jogos serão escolhidos para testar com a ligação em ‘on’ à equipa de arbitragem.
Quanto ao tempo que uma decisão auxiliada pela nova tecnologia poderá interromper o tempo de jogo, o diretor de tecnologia da FPF, Hugo Freitas, afirmou que ainda muito cedo para avançar com uma marca exata.
“Ainda é um pouco prematuro para estarmos a falar [do tempo] em ‘on’ e para isso é que servem os teste de ‘off’, para podermos definir com exatidão a situação real. Podemos assumir os 12 segundos. Estamos, evidentemente, a falar sempre de uma média”, transmitiu.
ZAP / Futebol 365