Uma “montanha gigante de lixo” num aterro a céu aberto, localizado perto de habitações, está a revoltar a população da Azambuja, no Ribatejo. Mas apesar dos protestos, o monte de resíduos vai continuar a aumentar muito devido às 79 mil toneladas de lixo que Portugal vai importar do estrangeiro até 2021.
Os aterros de Azambuja (Ribatejo) e de Ota (Alenquer), no distrito de Lisboa, vão receber 79 mil toneladas de resíduos do estrangeiro até finais de Janeiro de 2021, conforme acordos celebrados pelo Estado português com outros países, segundo os números recolhidos pelo jornal Valor Local.
A Lei portuguesa já determinou medidas para limitar a importação de lixo do estrangeiro, mas os dois aterros ainda terão que receber várias toneladas de resíduos de países como Malta e Itália.
No caso italiano, está em causa o “princípio de solidariedade europeu” face ao problema que resultou do desmantelamento do tráfico de lixo que era levado a cabo pela máfia, como aponta o especialista em resíduos da associação ambientalista Zero, Rui Berkemeier, em declarações ao Valor Local.
Mas o caso de Malta pode ser uma importação de lixo relacionada com o facto de Portugal ser dos países da União Europeia que “pratica das taxas mais baixas” para o tratamento por tonelada de resíduos – “cerca de 11 euros, quando esse valor se situa entre os 80 e os 100 euros na maioria dos países membros”, como atesta Rui Berkemeier no Valor Local.
Por outro lado, o facto de a Valorsul, a empresa que faz o tratamento de resíduos urbanos em Lisboa, não possuir “maquinaria destinada à reciclagem de resíduos” complica a situação, analisa Rui Berkemeier, frisando que “funciona com queima, e sem quase tratamento de resíduos orgânicos que é o que provoca maus cheiros nos aterros”.
Na Azambuja, as populações queixam-se precisamente do cheiro nauseabundo mesmo à porta de casa.
“É uma coisa inacreditável! Nós acordamos de manhã, abrimos a janela de casa, e é um cheiro a lixo. Depois, há bandos de gaivotas a chafurdar. É um espectáculo horrível”, lamenta a moradora Margarida Dotti em declarações à TSF.
“Começámos a assistir ao crescimento de uma montanha gigante de lixo. São barcos que chegam a Portugal, vindos de Itália, do Reino Unido, da Holanda, com dezenas de contentores”, queixa-se Margarida Dotti, relatando que o lixo é descarregado “todas as noites” mesmo “debaixo das janelas” das habitações.
“A população está a ficar em pânico e revoltada, porque isto vai tirar-nos o ar que respiramos. Isto tem que ver com a saúde pública”, queixa-se a moradora, notando que “não há direito de as autoridades permitirem uma coisa destas”.
A Zero denunciou, recentemente, que também foram feitas descargas de amianto no aterro da Azambuja e há rumores que correm sobre o facto de serem despejados no terrenos materiais perigosos que os outros países não querem.
Câmara diz-se “atada” por decisões de entidades públicas
O presidente da Câmara Municipal da Azambuja, Luís de Sousa, promete fazer tudo o que puder para resolver a situação do aterro, mas descarta responsabilidades, notando os contratos assinados por entidades do Estado.
“O aterro já foi autorizado há anos pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e, portanto, são eles os responsáveis, não somos nós na Câmara Municipal”, frisa Luís de Sousa na TSF, realçando que está a fazer “todas as diligências junto das entidades competentes” para fechar o aterro.
“Já enviei um abaixo-assinado, com 230 assinaturas, para a senhora delegada de saúde, mas, infelizmente, ainda não me respondeu“, nota, prometendo que não irá parar “enquanto não houver uma decisão”.
O certo é que a autarquia perdeu, recentemente, em tribunal, uma acção que vai permitir alargar o aterro para mais terrenos na mesma zona. A população manifesta-se nesta segunda-feira contra essa possibilidade e espera que a Câmara ainda consiga travar essa hipótese. Na quarta-feira, haverá uma reunião extraordinária para discutir o calendário de abertura dos novos terrenos do aterro.
Estes governos de M—- a nós portugueses pagamos o couro e cabelo p/ reciclagem do n/ lixo e que vem importado !!! pagam uma taxa de M—- . É inaceitável que estejamos a aceitar o lixo de outros países. Vamos danificar os terrenos, aguas e afins. Depois admiram-se de haver tanta gente c/ cancro pudera. Não chegava o n/ lixo ainda levamos c/ o dos outros quase de graça!! Nem que fosse a peso de ouro…
Países ditos do 3. Mundo como Filipinas, Tailândia e até países africanos recusam-se a receber o lixo do estrangeiro. Portugal passou a 4. Mundo e o lixo importado devia ser despejado na AR. Depois andam com paneleiriças por causa do Diesel e ciclovias.
A solução para o planeta consiste no controlo de natalidade. Se houver menos gente, menos poluição existirá, menos recursos naturais serão gastos, a economia não terá de estar sempre em crescimento pois não terá de satisfazer tantas necessidades da população. Seria uma forma de preservar o planeta. 1 ou 2 filhos é suficiente para se chegar a um equilíbrio. Estranhamente são homens políticos que estão sempre a defender o aumento de natalidade, mas eles nem sequer se dignificam a adoptar crianças que estão em instituições nacionais ou estrangeiras. De certeza que esses mesmos políticos têm uma grande capacidade financeira e poderiam adoptar e fazer uma grande diferença na vida dessas crianças. Basta olhar para Madonna que adoptou 4 crianças estrangeiras. Quanto as reformas, lá se teria que aumentar a idade da reforma. Parece que na Dinamarca a reforma é aos 74 anos e se eles conseguem por que razão os outros países não conseguem também. Existem muitas pessoas que após a idade da reforma ainda estão muito capazes, tem energia e querem continuar a trabalhar, pelos menos a esses deveria ser possível continuarem a trabalhar.
Nem mais.
Aldrabices. Enquanto 88 oligarcas deterem mais de metade das riquezas mundiais a taxa de natalidade deixa de ser uma equação viável.
Estão a ver que políticos e políticas se pratica cá neste país à beira mar abandonado?
Além dos parodiantes que proliferam na AR desde o ultimo acto eleitoral, ainda temos que gramar com o lixo dos outros. Não haja duvidas, os políticos desta terra são uns bacanos.
Com tantas denuncias despejadas Dia após Dia na C.Social, já não é muito o que se descobre que me inquieta mas sim talvez o Pior que nos ocultam !
Sem dúvida, dizem apenas o conveniente, uma fuga ou outra para acharmos que afinal até temos razão.
A liberdade de expressão tem esta desvantagem, podemos dizer aquilo que nos vai na gana, chamar nomes até, o efeito é nenhum, podemos ameaçar fazer e acontecer, não é publicado, podemos apelar à revolta, não é publicado, podemos gritar na rua aos sete ventos as nossas revoltas, somos malucos, estes tempos não prestam para nada e o povo, não é que não preste, não está habituado a lutar pelos seus direitos e quem o fez há muitos anos já está cansado. Não sei que futuro nos espera, mas não vai ser bonito de se ver, o mundo na mão da geração da realidade virtual ou aumentada.
Na europa custa 80 euros. Tratar lixo.
No esquema português????
Deixam 70 ???na conta em paraizo fiscal para donos deste esquema .
O resto é só imaginar quem assina autorizações para este crime ambiental.
Vejam legislação Europeia e depois fiquem esclarecidos.
Pouco há a dizer. Tem algumas semanas eu via uma reportagem no programa do Trevor Noah sobre os países asiáticos estarem a recusar o lixo proveniente dos estados unidos, atenção que a reportagem era com cariz comício, e agora chego às conclusão que somos nós o país de terceiro mundo. Por um lado o ministro do ambiente proclama o fim do diesel, por outro importamos lixo para incineração? Coerência, alguém sabe o significado?!
Jornalismo seria saber os nomes de quem deu os pareceres e autorizações na APA e na CCDR.
Isso sim!
Nomes!
Mas eu para renovar o meu alvará preciso de seis meses e não posso trabalhar. Para estes senhores tudo lhes é possível e não me venham dizer que isto é para defender o Ambiente…
Como tem sido possível a celebração destes Acordos Internacionais que têm provocado danos MUITO GRAVES no ecossistema de Portugal ? Quem são as competências responsáveis pela política do Ambiente geradoras de situações democraticamente inimagináveis ? Que fiscalização REAL do cumprimento das leis existe nesta República Democrática ? É com gigantesca tristeza que os portugueses vão tendo conhecimento de situações ofensivas do seu direito à SAÚDE, e da qualidade do território que s e vai deixar para as gerações vindouras.
PORTUGAL – O caixote do lixo da EUROPA. Grande mer..de politicos. A AR é uma autentica palhaçada. Portugueses vamos ter que mudar isto. Os nossos politicos só querem os intereses deles. Estão-se a ca…para os portugueses.
Plenamente de acordo, cada vez mais achincalhados e humilhados, ninguém na assembleia da república se levanta contra isto. Mas não vale a pena pensar em que está na nossa mão mudar este estado de coisas, é desconfortável sair da zona de conforto e há sempre o risco de se levar uma cacetada ou pior.
Os nossos pais deram-nos a liberdade de deixar andar, a liberdade de nunca ter de lutar por nada.
Cada vez mais acredito que precisamos de uma Ditadura de Extrema Direita, Portugal é dos Portugueses e dos Portugueses é o direito de o querer limpo, não há de ser a comunidade europeia a ditar os nossos destinos.
DOM,
Quem aprova e ratifica estas opções é o mesmo ministro do ambiente que propõe a redução do pequeno efectivo de bovinos do país, que propõe a “trasladação” das aldeias do Mondego (os pequenos, fracos e abandonados), que propõe o fim dos carros a “diesel”? Não pode ser. É este ministro e este governo que constrói mais aeroportos, que mantém sem impostos os combustíveis para os aviões, que constrói novos terminais de cruzeiros, que vai demolir (por razões exclusivamente estéticas) o prédio Coutinho, que vai esventrar as serras do Barroso! Não faço qualquer juízo de valor sobre as opções do país quanto ao seu crescimento/desenvolvimento/derretimento de recursos, pois alguma coisa temos de vender…. mas não devemos, não podemos admitir esta incoerência, esta hipocrisia.
Felizmente que o nosso PM aumentou o imposto sobre o gasóleo e se recusa a baixar esse mesmo imposto, mesmo quando isso foi mais uma promessa que não cumpriu. Está totalmente em linha com este enorme acolhimento de braços abertos ao lixo europeu. Por aqui se vê bem a fibra e o caráter deste personagem que se intitula PM de Portugal. Um charlatão!
Com politicos de lixo o que é que podemos esperar,,, lixo.
Aqui no Brasil também já aconteceu isso! Uma vergonha revoltante
É uma VERGONHA, as pessoas de Azambuja deviam pegar numas carradas de lixo e despeja-las à porta da “Lixeira da República”. Esses deputados imbecis só lá estão para comerem dos contribuintes, dezenas de milhares de Euros todos os meses! Estamos realmente situados no CU da Europa, somos uns vendidos!!! VERGONHA!!!
Como se já não nos bastasse o cheiro nauseabundo do lixo que temos na Assembleia da República, no Governo e em Belém.
Enquanto outros países fecham portas a entrada de resíduos, Portugal aproveita para os receber. A cada dia surgem mais empresas de tratamento de resíduos, uma boa parte com administradores ligados à política ou políticos nos seus quadros. Pedem e recebem fundos da UE arranjam “tachos” uns para os outros, “orientam” primos e amigos e no que toca a reciclagem ou No tratamento de resíduos… Vai tudo para o buraco assim dizendo. O pouco que se recicla, é feito por algumas empresas com produtos que por vezes já foram triados por quem ainda paga para serem reciclados. Aproveitam o que lhes interrrssaa para gerar mais algum dinheiro e o que não lhes convém ou necessita gastos para selecionar em triagem vai para o aterro. Onde estes também ganham milhares para contaminar e poluir a terra de todos nós. Onde misturam desde a amianto a plásticos, resíduos orgânicos e hospitalares. Sem aproveitamento dizem eles. Só quem visitou um, faz ideia do que por lá se deposita. Qualquer das maneiras, um dia vamos todos viver para marte. Não há água, em alguns muitos anos, na terra também já haverá muito pouco por onde aproveitar.
Parece me que toda a gente não sabe que o lixo é um produto resultante da ação da própria existencia do ser humano. Quando até o ser humano que trata desse produto é visto como lixo… não é o doutor nem o engenheiro pois só recebe o sálário mínímo. Moralidade? Civilidade? Acreditem. Vamos sufocar no nosso próprio vómito. Mais não digo. FUI…
Depois admiram-se com a balança comercial deficitária!
pois é meus amigos infelizmente são as politicas que temos eu como cidadã portuguesa pago, na fatura da agua, de lixo, 9.70€ mais IVA, pago o lixo a preço de ouro e o estrangeiro põe cá a merda a preço de saldo isto é vergonhoso.
É inacreditável a hipocrisia destes politicos. Por um lado aplaudem lisboa como a capital do ambiente e lançam medidas de faz de conta.. como os carros a diesel de determinado ano nao podem circular na avenida da liberdade. Os arredores que levem com o lixo.. desde que não chegue o cheiro ao prediozinho na “baixa lisboeta” está tudo bem. Temos que reciclar.. temos de andar de trotinete.. temos que andar de carro eletrico.. mas no fim de contas importamos lixo para os arredores de lisboa e porto (valongo)
E quanto desse lixo é nosso? Recordo que ainda há pouco tempo a Malásia recusou receber mais lixo alegando que não era aterro (apesar de ser paga para isso…) e devolveu os contentores enviados da Europa, entre os quais alguns portugueses!…
Foi dito na Tv que também ocorria em Valongo. E Portugal só recebe 10 euros por tonelada enquanto os outros países cobram 80 e 100 euros. Parece que o governo também vai cobrar uma taxa aos produtores de carne de vaca. Quem se vai lixar é o mexilhão visto que a carne irá ficar mais cara. E os produtos vegetarianos que substituem a carne são bem mais caros. Agora os ambientalistas iniciaram a caça às vacas achando que elas poluem muito. O ser humano polui talvez 1000 vezes mais durante toda a sua vida e nem por isso pensam em controlar a espécie humana.
Para ali, não corre o Comediante de Belém para uma sessão de beijos, abraços, selfies, folclore e bailarico.
Somos lixo aos olhos dos europeus.
Estratégia de futuro não há.
Capacidade governativa é a da aflição do momento.
Só nos resta mesmo tratar do lixo dos outros.