Portugal regista 49 casos associados à variante Ómicron, todos assintomáticos ou com sintomas ligeiros de covid-19, indicou o relatório “Linhas Vermelhas” divulgado esta sexta-feira.
“Estão identificados um total de 49 casos associados à variante Ómicron. Este valor inclui os casos com sequenciação do genoma viral, bem como os casos nos quais foram identificadas mutações específicas fortemente preditores da variante Ómicron”, precisa a análise de risco da pandemia, avançando que são mais 15 casos em relação à semana passada.
Segundo o relatório semanal da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), destes 49 casos, 39 casos (80%) foram do sexo masculino e a média das idades foi de 35 anos, tendo variado entre os três e os 73 anos.
A DGS e o INSA indicam também que, até ao momento, estes casos foram assintomáticos ou apresentaram sintomas ligeiros, não tendo ocorrido internamentos ou óbitos.
De acordo com as “Linhas Vermelhas”, a situação epidemiológica da variante Ómicron encontra-se ainda em evolução e investigação.
A Ómicron foi identificada pela primeira vez em países da África Austral e foi classificada como variante de preocupação pela Organização Mundial de Saúde (OMS) a 26 de novembro.
A sua circulação está a ser alvo de uma monitorização apertada a nível mundial, tendo sido já detetada em vários países à escala global.
O documento refere ainda que continua a ser a variante Delta (B.1.617.2) a mais dominante em todas as regiões, com uma frequência relativa de aproximadamente 100% dos casos avaliados na semana de 22 a 28 de novembro em Portugal.
Mortalidade está em”tendência crescente”
No mesmo relatório, pode ler-se que a mortalidade por covid-19 apresenta uma “tendência crescente”, tendo aumentado 28% em relação à semana anterior.
“A 1 de dezembro de 2021, a mortalidade específica por covid-19 registou um valor de 21,8 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes, o que corresponde a um aumento de 28% relativamente à semana anterior (17,0 por 1.000.000), e uma tendência crescente”, precisa o relatório.
A análise de risco da pandemia salienta também que “este valor é superior ao limiar de 20,0 óbitos em 14 dias por 1.000.000 habitantes, definido pelo Centro Europeu de Controlo de Doenças”.
O relatório semanal dá igualmente conta que a análise dos diferentes indicadores revela uma atividade epidémica de SARS-CoV-2 “de intensidade elevada, com tendência fortemente crescente a nível nacional”.
“A pressão nos serviços de saúde e o impacto na mortalidade são elevados, e com tendência crescente, revelando assimetrias regionais. A emergência de uma nova variante de preocupação (Ómicron) e o aproximar da época festiva suporta a necessidade de reforçar a vigilância epidemiológica, virológica e do controlo de fronteiras em Portugal, até serem conhecidas mais informações”, alerta ainda.
Em Portugal, desde março de 2020, morreram 18.626 pessoas e foram contabilizados 1.185.036 casos de infeção, segundo dados da Direção-Geral da Saúde.
ZAP // Lusa
Coronavírus / Covid-19
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